Archiconfraria do Santíssimo Imaculado Coração de Maria – freguesia de Meinedo.
ADP, LA, nº 99, fl, 82, 2ª série, 07de outubro de 1885
(Protegido do Dr. Francisco Pinto Soares de Moura, da Casa d’ Além – Romariz – Meinedo – Lousada).
Foi padre desta casa e disse missa na sua capela particular. Capela que se situava na vinha da Capela, defronte para a casa d’ Além.
ADP, LA, nº 99, fl, 86, 2ª série, 14 de outubro de 1885
Arquitectura religiosa, tardo-barroca. Igreja paroquial de planta rectangular composta por nave, capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, tendo coberturas interiores diferenciadas, em falsas abóbadas de berço, a da capela-mor com caixotões pintados, ambas de feitura recente, sendo iluminada uniformemente, por janelas rectilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal em empena recortada, de perfil borromínico, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido e óculo ovalado, unidos pela mesma moldura. Torre sineira de construção seiscentista, com cobertura em coruchéu bolboso. Fachadas laterais com portas travessas, uma delas de feitura mais recente. Interior com coro-alto, baptistério na base da torre sineira, no lado do Evangelho, possuindo retábulos laterais de talha policroma, rococós. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas e capela-mor com retábulo de talha dourada, com estrutura maneirista, de planta recta, dois andares e três eixos, com estrutura semelhante à da Igreja Paroquial de Meinedo.
Descrição
Planta rectangular composta por nave e capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma (sacristia) e duas águas (templo), sendo em coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos ligeiramente bolbosos, e rematadas em friso e cornija. Fachada principal virada a O., rematada por friso e empena recortada e contracurva, de perfil borromínico, com cruz latina de hastes lobuladas no vértice. É rasgada por portal em arco abatido e moldura saliente, envolvido por uma segunda, recortada e volutada, que se prolonga superiormente, ligando-se ao janelão ovalado. No lado esquerdo, a torre sineira, de três registos definidos por frisos, os inferiores cegos, tendo relógio circular no intermédio e sendo o superior rasgado por quatro ventanas de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Numa delas, um sino de bronze, dedicado a Nossa Senhora de Fátima e com a data de "1954". As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas por vãos com molduras salientes em cantaria de granito, no corpo da nave com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas rectilíneas em capialço, surgindo outras duas na capela-mor. Na fachada lateral esquerda, surgem as escadas de cantaria de acesso à torre sineira, com porta de verga recta ainda no primeiro registo. Adossado, o corpo da sacristia. Fachada posterior em empena cega, com cruz latina no vértice, sendo visível, sobre esta, a empena do arco triunfal, também ela com cruz latina. No lado direito, o corpo da sacristia, rasgado por janela jacente. INTERIOR da nave rebocado e pintado de branco, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, assente em cornija do mesmo material e reforçado por tirantes metálicas, e pavimento em soalho. As portas são ladeadas por pias de água-benta em cantaria de granito e as janelas encimadas por sanefas de talha pintada. Coro-alto de madeira, assente em arco abatido e mísulas, com guarda torneada, do mesmo material, com pavimento em soalho e acesso por porta de verga recta no lado do Evangelho. Portal axial protegido por guarda-vento de madeira e vidro. No lado do Evangelho, no sub-coro, o baptistério em forma de nicho de volta perfeita com cobertura do mesmo material, tendo pia baptismal de granito, hemisférica e ornado por friso simples, assente em pequena coluna. O fundo está revestido por painel de azulejo bícromo, azul e branco, representando o "Baptismo de Cristo" e assinado. No lado do Evangelho, púlpito quadrangular assente em bacia de granito e mísula decorada por losangos, com guarda plena de madeira pintada e acesso por escadas de cantaria e guarda de madeira no lado direito. O espaço da nave encontra-se seccionado por presbitério elevado por um degrau, com pavimento em lajeado e marcado por sepulturas, Neste surgem, confrontantes, as capelas retabulares, a do Evangelho dedicada ao Crucificado. Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras toscanas, ladeado por pequenos nichos de talha dourada, com o Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Um degrau acede à capela-mor com as paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por azulejo de padrão bícromo, azul e branco, formando silhar, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, dividida em caixotões pintados, estruturados por menores de menores dimensões que formam cruz grega, e assente em cornija, tendo o pavimento forrado a alcatifa. Sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de dourado, de planta recta e três eixos, os exteriores de dois registos, sendo os eixos definidos por duas ordens de seis colunas torsas, decoradas com pâmpanos e pequenos anjos encarnados. Ao centro, ampla tribuna com o interior revestido a caixotões de talha, flanqueada por duas ordens de colunas semelhantes às anteriores e possuindo sacrário em forma de templete trapezoidal, com as faces divididas por colunas torsas, as laterais ligeiramente convexas e pintadas com as figuras de José de Arimateia e Nicodemus. Ao centro, o sacrário com a porta decorada por cruz da vida, encimado por nicho dourado com o Crucificado, ambos flanqueados por quarteirões. Servindo de remate, um trono expositivo de cinco degraus, tendo como fundo um resplendor de talha, ladeado por painéis pintados com anjos sustentando turíbulos. A estrutura é ladeada por anjos de vulto. Os eixos laterais têm dois registos rematados por frisos e cornijas, os inferiores com nichos de volta perfeita e os superiores com painéis pintados, a representar São Pedro (Evangelho) e São Paulo (Epístola). A estrutura remata em pequeno frontão truncado, ladeado por aletas em forma de cartelas, ladeadas por aves. Banco decorado em apainelados, que centram altar paralelepipédico com frontal pintado, representando elementos fitomórficos, com sanefa e sebastos marcados. Ao centro, a mesa de altar, rectangular, sustentada por colunas torsas.
Enquadramento
Peri-urbano, isolado, implantado em terreno plano, mas junto ao início de uma pequena elevação, confinando com a via pública, alcatroada, cujo prolongamento forma um adro fechado por portão no lado E. e acesso frontal definido por um pequeno murete em alvenaria de granito, com as juntas preenchidas a cimento, junto ao qual se ergue um Cruzeiro em cantaria de granito, sobre plataforma quadrangular de três degraus, o inferior parcialmente embutido no terreno, onde assenta plinto paralelepipédico e a base da coluna, do tipo toscano. Sobre o capitel, surge um tabuleiro que sustenta uma cruz latina simples. No lado S., o Cemitério de Cristelos. Encontra-se rodeado por campos de cultivo, o antigo passal, e algumas habitações.
Descrição Complementar
As capelas laterais possuem estruturas retabulares idênticas, de talha pintada de bege e dourado, de planta recta e um eixo definido por duas pilastras assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos. Ao centro, nicho de perfil contracurvo e com a moldura decorada por acantos, contendo pequena peanha para imaginária, estando ladeado por mísulas. Remata em frontão interrompido por espaldar recortado, ornado por acantos e sobrepujado por cornija interrompida. Na base do retábulo do Evangelho, sacrário com a porta decorada por coração inflamado. Ambos possuem altares paralelepipédicos com o frontal decorado por cartelas e concheados. Na capela-mor, os caixotões, de pintura recente, com símbolos eucarísticos e cristológicos.
Época Construção
Séc. 18 / 19
PINTOR DE AZULEJO: Fábrica Aleluia (séc. 20); P. Fernandes (séc. 20).
Cronologia
980 - doação de D. Vivili e seu marido Fromarigo Espassandes desta paróquia ao Mosteiro de Vilela; 1258 - Nas "Inquirições" é referida como do padroado de herdadores e do mosteiro de Vilela, e da apresentação da mitra do Porto; 1398, 30 Março - integrada no arcediagado de Meinedo; 1705 - curato anexo à Igreja Paroquial de Vandoma, pertencente ao padroado da Companhia de Jesus, do Colégio de São Lourenço do Porto, com 50$000; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa é uma abadia anexa ao Mosteiro de Vilela, com a reserva de dar anualmente um jantar e ceia ao prior do Mosteiro e a quem o acompanhe a pé e a cavalo; rende 220$000; a povoação tem 46 vizinhos; 1758, 14 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Manuel Nunes Neto, é referido que a igreja, residência paroquial e passal se encontram a N. da freguesia, tendo a igreja Santo André por orago. Na capela-mor a imagem do santo padroeiro, ladeado pelas de Santo Cristo, Ecce Homo, Santo Cristo preso à coluna, Senhor Ressuscitado e Senhor dos Passos, com Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Lapa e as Santas Mães; o retábulo-mor possui sacrário; no retábulo colateral direito, as imagens de Santo António, São Sebastião e São Roque, sendo o oposto dedicado ao Menino Jesus; existe, ainda, uma capela lateral, junto à porta travessa, dedicada ao Senhor Crucificado e, no lado oposto, a Irmandade das Almas com o Senhor Crucificado, tendo um painel com as Almas pintadas; o pároco é abade apresentado alternadamente pelo Papa, pelo bispo e pelos religiosos de Santo Agostinho do Pilar; a paróquia rende anualmente 450$000; 1954 - feitura do sino dedicado a Nossa Senhora de Fátima, conforme data inscrita no mesmo; séc. 20, 2.ª metade - pintura do painel de azulejos do baptistério, por P. Fernandes, da Fábrica Aleluia, em Aveiro.
Características Particulares
Igreja de construção tardia, com a fachada principal bastante elaborada, com remate em empena recortada e contracurva, de inspiração borromínica e possuindo o portal ornado por ampla moldura recortada e volutada. A torre apresenta um coruchéu bolboso pouco pronunciado. No interior, destacam-se os retábulos laterais, de feitura rococó, mas profundamente alterados no séc. 20, para adaptação a um novo espaço e os caixotões da capela-mor com uma gramática decorativa novecentista, optando por simples que enaltecem o sacrifício e amor de Cristo. O elemento mais interessante é o retábulo-mor, de talha dourada, com uma estrutura maneirista por andares, mas possuindo os eixos definidos por colunas torsas e ornadas por pâmpanos, prenunciadoras da linguagem do barroco nacional. Possui um interessante sacrário em forma de templete de grandes dimensões, com vários nichos e servindo de base ao trono expositivo que evolui na tribuna. Possui vários painéis pintados.
Materiais
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cunhais, pináculos, modinaturas, coberturas, cornijas, pia baptismal e pias de água benta em cantaria de granito; coberturas, coro-alto, púlpito e retábulos de madeira; cobertura exterior em telha; sino em bronze.
Bibliografia
COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.
Documentação Administrativa
DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 11, n.º 314, fl. 2169-2172)
Intervenção Realizada
Séc. 20 - reforma das coberturas interiores; reforma das estruturas retabulares; tratamento de rebocos e pinturas.
Autor e Data
Patrícia Costa 2002 / Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)
A 29 de maio de 1810 aconteceu a venda da quinta e casa das Bitocas (Meinedo). Foi vendida por trinta e três mil (em ouro). Foram testemunhas: Manoel José da Silva Teixeira e Maria Luzia da Rocha. Era juiz ordinário do cível e órfãos, sizas e direitos reais: António José de São Paio.
Livro de registo de notas da honra de Meinedo, 1810-1812
Remonta à segunda década do séc. XVIII e é de consulta obrigatória para perceber as linhagens do Vale de Sousa à época:
«Livro da árvore da antiga e nobre família dos Moreiras» - da mítica e antiquíssima casa da Lousa -, escrito por Henrique Moreira da Cunha.
Arquivo Municipal de Penafiel
Arquitectura religiosa, setecentista. Igreja paroquial de planta rectangular composta por nave, capela-mor com sacristia e torre sineira adossados à fachada lateral esquerda, com coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, iluminada uniformemente por janelas rectilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal talvez seiscentista, em empena, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido, reformado no século seguinte, óculo quadrilobado e nicho com a imagem do orago. Fachadas circunscritas com cunhais apilastrados, encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija, a lateral direita rasgada por porta travessa em arco abatido. Interior com coro-alto, com baptistério na base da torre sineira e púlpito setecentista no lado do Evangelho, com escadas no lado direito. Arco triunfal de volta perfeita, ladeado por capelas retabulares dispostos em ângulo, de talha tardo-barroca. Retábulo-mor do mesmo estilo, de planta côncava e três eixos.
Descrição
Planta longitudinal composta por nave e capela-mor, com sacristia adossada ao lado esquerdo da capela-mor e torre sineira quadrada adossada à fachada principal, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas, em telhados de duas águas na igreja, três na sacristia e de coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija. Fachada principal voltada a SO., rematada em empena, encimada por cruz com pontas trilobadas. É rasgada por portal em arco abatido, rematado por pequeno friso e sobrepujado por óculo quadrilobado, encimado pela data "1790", e por nicho com abóbada de concha, contendo a imagem do Divino Salvador. No lado esquerdo, a torre sineira dividida em três registos separados por frisos, o primeiro com porta de verga recta e moldura recortada, o segundo com relógio e, no superior, ventanas em arco de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Fachada lateral esquerda rasgada por janelas rectilíneas e molduras simples, sendo marcada pelo corpo da sacristia, com porta de verga recta na face NE.. Adossadas à torre sineira, as escadas de acesso à mesma, de dois lanços e com guardas metálicas, pintadas de preto. Fachada lateral direita com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas rectilíneas, todos os vãos com molduras simples, em cantaria. No corpo da capela-mor, porta de verga recta e janela com o mesmo tipo de perfil. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, sustentadas por cornijas pintadas de cinza e a da nave reforçada por tirantes metálicos, e pavimentos em ladrilho cerâmico. Coro-alto em betão assente em quatro mísulas de cantaria, com guarda de madeira torneada e acesso por porta de verga recta no lado do Evangelho, através da torre sineira. Portal protegido por guarda-vento de madeira e vidro, tendo, no lado do Evangelho, pia de água benta concheada. No lado do Evangelho, o baptistério com acesso por arco de volta perfeita, contendo pia baptismal em cantaria, com coluna cilíndrica e taça hemisférica de bordo saliente. Confrontantes, rasgam-se, na nave, quatro confessionários desactivados, com acesso por arco abatido, contendo imaginária. No lado do Evangelho, o púlpito quadrangular com bacia de cantaria, decorada por frisos de óvulos, e possuindo vestígios de policromia, assente em consola, tendo guarda de madeira torneada e escadas no lado direito, com guarda metálica. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas pintadas a grisaille, formando ferronerie, encimado por sanefão de talha pintada de branco, azul e dourado, ladeado por retábulos colaterais dispostos em ângulo, dedicados ao Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Junto ao primeiro, um órgão eléctrico. A capela-mor está elevada por um degrau, surgindo, sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de branco, azul e dourado, de planta convexa e três eixos definidos por quatro colunas com marmoreados fingidos, percorridos por falsa espira fitomórfica, assentes em plintos galbados. Ao centro, nicho de volta perfeita, onde se integra um trono expositivo de cinco degraus. Nos eixos laterais, mísulas com imaginária, enquadrada por apainelados recortados e encimados por elementos concheados. Sob estes, portas de acesso à tribuna. Altar em forma de urna, encimado por sacrário ornado por coração inflamado. Ao centro, mesa de altar de talha dourada e pintada, surgindo, no lado da Epístola, ambão de talha dourada. No lado do Evangelho, porta de acesso à sacristia, com paredes rebocadas e pintadas de branco, com tecto de madeira e pavimento em lajeado.
Acessos
Avenida Padre Francisco Barbosa de Queirós.
Enquadramento
Peri-urbano, isolado, situado nas imediações da auto-estrada de Lousada, rodeado por casas de habitação e terrenos agrícolas. Possui adro elevado, com plataforma artificial, com acesso por escadaria frontal, junto ao qual se situam vários edifícios pertencentes à paróquia.
Descrição Complementar
Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha pintada de branco, azul e dourado, com corpo de planta côncava e um eixo definido por duas colunas de marmoreados fingidos, de fuste liso e terço inferior marcado por anel e elementos fitomórficos, assentes em plintos paralelepipédicos e rematados por fragmentos de friso e cornija, encimados por acantos. Ao centro, nicho de volta perfeita, ladeado por duas mísulas com imaginária, enquadradas por apainelados dourados, rematados por acantos. Remate em frontão semicircular e duplo espaldar recortado, o superior vazado. Altar em forma de urna, encimado por sacrário embutido na estrutura.
Cronologia
1258 - referida nas "Inquirições Gerais" como do padroado de cavaleiros e herdadores; 1758, 15 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Teixeira de Magalhães, é referido que a igreja tem por orago São Salvador, sendo o templo antigo; tem retábulo-mor com tribuna de talha dourada, com sacrário, tendo, no alto da tribuna, a imagem de Cristo Ressuscitado, ladeado por São José e Nossa Senhora da Assunção; a ladear o sacrário, as imagens de São Filipe de Neri e São Caetano; tem dois altares na nave, dedicados às Santas Mães e, no oposto, São Gonçalo e São Sebastião; tem a Confraria do Nome de Deus; a paróquia é abadia, existindo litígio relativo ao padroado entre o balio de Leça e o procurador do bispo; tem de renda 450$000; 1790 - construção da actual igreja.
Características Particulares
Igreja de fundação antiga, com fachada de características seiscentistas, alterada no século seguinte, com abertura de novos vãos. Do inicial, mantém o nicho com a imagem do padroeiro. No interior, distingue-se o púlpito, barroco, com bacia em cantaria lavrada, ornado por frisos de óvulos e com vestígios de policromia, O arco triunfal apresenta pintura neo-maneirista, reproduzindo cartelas e vários tipos de ferronerie. A talha do interior é semelhante, tardo-barroca, polícroma e com colunas de marmoreados fingidos, destacando-se as do retábulo-mor, com falsas espiras fitomórficas.
Materiais
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; modinaturas, cunhais, pináculos, cornijas, mísulas, bacia do púlpito, pia baptismal, pias de água benta, pavimento da sacristia em cantaria de granito; guarda-vento, guardas do coro-alto e do púlpito, retábulos, coberturas de madeira; guardas das escadas metálicas; cobertura exterior em telha.
Bibliografia
LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.
Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)
A Igreja de Cristelos destaca-se pela sua dimensão e pelo ritmo das suas partes. Na fachada descobrem-se alguns elementos dos finais do Barroco, com tendência clara para o Rocócó, numa leitura regional e algo cândida, designadamente no rebuscado frontão da fachada. No interior destaca-se com imponência o altar barroco de estilo nacional em talha dourada.
A freguesia de Silvares situa-se no coração do concelho de Lousada, sendo aqui que se concentram os seus serviços fundamentais, tais como a Câmara Municipa, o Tribunal, os Bombeiros, a GNR, Hospital, Centro de Saúde, a maioria dos bancos, os serviços de notariado e a conservatória, etc.
Silvares é por isso uma freguesia estratégica para a afirmação do concelho.
Com uma longa história, marcada por acontecimentos desde a antiguidade até aos dias de hoje, Silvares afirma-se pela empatia entre uma realidade urbana e uma realidade rural, envolvidas e atravessadas por um conjunto vasto e qualificado de vias de acesso e auto-estradas.
Orago: S. Miguel
População: 2 799 habitantes (2001)
Actividades económicas: Indústria de confecções e calçado, construção civil, comércio, serviços, agricultura e transformação de madeira
Feiras: Mensais aos dias 9 e 25 e anual a 26 de Dezembro
Festas e romarias: Festas do Concelho (último fim-de-semana de Julho e S. Miguel (último domingo de Setembro)
Património cultural e edificado: Pelourinho (monumento nacional) e Igreja do Senhor dos Aflitos
Outros locais de interesse turístico: Monte do Senhor dos Aflitos
Artesanato: Latoaria
Colectividades: Associação de Cultura musical de Lousada, Associação Industrial e Comercial de Lousada, Associação Desportiva de Lousada, Associação Recreativa de Silvares
É o coração geográfico e a freguesia sede do concelho. Está rodeada por Lousada (Santa Margarida), Alvarenga, Nogueira, Pias, Boim, Cristelos, Ordem, Barrosas (Santo Estevão) e ainda por Idães (do concelho de Felgueiras).
Foi também conhecida como Silvares da Serra e S. Miguel de Silvares.
Já do Século XII para o seguinte se encontrava esta povoação organizada paroquialmente na terra ou julgado de Lousada, onde foi das iniciais. As inquirições de D. Afonso II (1120) chamam à sua igreja de Santo Michaele de Lausada, para mais tarde, as de D. Afonso III (1258) referirem que o templo já então não era novo e fora fundado talvez cavaleiros-vilões.
Silvares é um dos mais pujantes núcleos industriais de todo o concelho.
Viver em Silvares é cada vez mais sinónimo de qualidade de vida: pelos acessos de que dispõe (30 minutos do Porto ou Braga), pela envolvente ambiental e agrícola, pela oferta cultural diversificada, pela simpatia das suas gentes, pela vasta oferta comecial, etc.
IN FREGUESIA DE SILVARES
a igreja de são vicente de boim
a paróquia de boim: breve enquadramento
anthero pacheco da silva moreira
caminho _de_ ferro_ de_ penafiel _á_ lix
cargos e profissões dos proprietários de
casamento - joaquim da silva netto com d
i congresso internacional da rota do rom
igreja paroquial de cristelos / igreja d
igreja paroquial de figueiras / igreja d
igreja: stº estevão de barrosas
iii jornadas de história local
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