Uma das mais vivas tradições do concelho de Valongo é o São João de Sobrado e as suas famosas Bugiadas. De geração em geração, a festa vai-se fazendo todos os anos. Mais de 800 figuras com fardas e máscaras de grande colorido, narram a luta entre cristãos (Bugios) e mouros (Mourisqueiros), em disputa pela posse de uma imagem de S. João, o santo taumaturgo.
A festa contempla a cerimónia religiosa em honra de S. João, seguida pela admirável “Dança de Entrada”. Seguem-se os rituais medievais, como a “Cobrança dos Direitos”, a “Sementeira da Praça” e a “Dança do Cego”. O ponto alto da festa acontece com o início da guerra entre os 2 exércitos: cada um dos grupos está no seu castelo, sendo as negociações realizadas através de diplomatas e de um estafeta a cavalo. Os Mourisqueiros assaltam o castelo dos Bugios e aprisionam o “Velho”, chefe dos cristãos. Mas quando se pensa que tudo está perdido, os Bugios aparecem com uma serpe assustadora aterrorizando os Mourisqueiros e libertando o seu rei.
Esta extraordinária manifestação cultural foi recentemente reconhecida oficialmente pela Câmara Municipal de Valongo como património cultural imaterial de interesse municipal.
Segundo o texto da deliberação, este reconhecimento reforça e ganha legitimidade para o pedido de inventariação da Bugiada como Património Cultural Imaterial a ser elaborada para apresentação ao Instituto dos Museus e Conservação. Este passo permitirá corresponder a um dos requisitos fundamentais impostos pela Convenção da UNESCO, para possível candidatura à Lista Representativa do património Cultural Imaterial da Humanidade.
O gesto da autarquia, além de ser um momento de interesse histórico local, é o primeiro passo para o reconhecimento nacional e internacional da Bugiada.
Para esse efeito, contribui também o trabalho da comunidade local e da autarquia, nomeadamente a criação da Associação Promotora da Casa do Bugio e das Festas de S. João de Sobrado, à qual compete salvaguardar e promover a festa e tudo aquilo que a ela está ligado e a criação e integração na Rede da Máscara Ibérica, entidade de cariz ibérico criada para preservar e promover as máscaras de Portugal e de Espanha.
Também muito importante tem sido o trabalho das sucessivas comissões de festas que organizam e coordenam todo o programa de festas. Este ano, a comissão é composta totalmente por mulheres. Pelo seu empenho e trabalho, o nosso bem-haja.
A todos os leitores resta fazer votos para que visitem Sobrado no próximo dia de S. João e assistam a este reconhecido e riquíssimo fenómeno antropológico e etnográfico.
Por: Hélio Rebelo
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