A 16 de Junho de 1147 chegara ao Porto uma armada de cerca de 2 centenas de navios, composta por cruzados Flamengos, Normandos, Ingleses, Escoceses e Germanos.
Segundo rezam as crónicas, o Bispo do Porto (Pedro II Pitões) encarregue pelo Rei D, Afonso Henriques de receber a armada terá convencido os cruzados a participar da operação militar de conquista de território aos Mouros (a sua missão inicial era a de ajudar a defender o território cristão, impedindo a progressão dos mouros para o Norte (Centro) da Europa).
Entusiasmados com a conquista de Santarém, avançaram para Lisboa - as tropas portuguesas por terra e os cruzados pelo mar, penetrando no rio Tejo em Junho de 1147. Iniciava-se assim um longo cerco à cidade de Lisboa, cujas muralhas se mostraram inexpugnáveis.
Ao longo de sucessivos combates e constantes ataques às fortificações mouriscas (com as rudimentares máquinas de guerra da altura) as baixam iam aumentando de ambos os lados, sendo mais difícil de aguentar para os sitiados (o cerco demorou quase 3 meses).
Finalmente, no início de Outubro as forças portuguesas (após trabalhos de escavação nos alicerces) conseguiram fazer ruir um pedaço de muralha e abrir um espaço mais vulnerável na estrutura defensiva dos mouros, por onde intensificaram os ataques.
(eu sei, por momentos até parecia o Gabriel Alves… :P )
A intensidade das batalhas e o heroísmo dos combatentes celebrizaram episódios lendários e eternizaram heróis míticos, como o caso de Martim Moniz (de que vos falarei num outro dia).
Os muçulmanos, enfraquecidos pelos combates, pela fome e pelas doenças, capitularam a 20 de Outubro. No entanto, só no dia 25 de Outubro D. Afonso Henriques e o seu exército entrariam na cidade - que foi violentamente saqueada pelo cruzados.
Após a tomada da cidade, uma epidemia de peste devastou a região dizimando milhares de pessoas.
Lisboa tornou-se capital do reino em 1255.