[Primeira década do Séc. XX – A Princesa do Norte, a bela Lousada, a flor do Vale de Sousa, era então a mais apetecível e deslumbrante estância turística. Saudades! Saudades! - Parafraseando, Sã de Boaventura.
Aqui fica um texto de Hermo, inserto no nº 12 do J. de Lousada de 1907
«Cronica
Lousada…despovoando-se.
Com a aproximação do inverno, vai voltando ao seu estado normal de completo sossego, esta encantadora vila, uma das mais formosas e asseadas do norte do país, no dizer d vários touristes que a têm visitado.
Várias famílias que aqui costumam passar a quadra calmosa, abandonaram-na para regressarem aos grandes centros. São as que preferem os prazeres campestres às ingratas vibrações do mar! Ou seja pelo ar puro que aqui se respira, ou seja pelo maravilhoso panorama que os nossos olhos se não cansam de contemplar, ou seja, enfim, pelas muitíssimas belezas com que a natureza fadou esta terra, a verdade é que, este ano a afluência de visitantes foi enorme, e com tendência a aumentar.
Dentro em pouco estarão novamente os lousadenses familiarizados com…a família, até que surja a primavera. Então voltarão a visitar-nos essas gentis damas, cheias de atrativos, com as toilletes de verão, claras, frescas e leves, em que disputam primazias as cores e os feitios extravagantes, dão um tom colorido e, porventura, ornamental, à Assembleia Lousadense, centro de reunião durante a noite.
Conversa-se, dança-se, toca-se, etc., etc. Há apaixonados para tudo: uns gostam de botar a sua cantiga ou fazer o coro, outros entretêm-se a dançar, aproveitando a ocasião para dizerem duas palavras ao seu par; outros, e esses perfazem o maior número, limitam-se a mironar….Sempre têm muito fraco gosto, estes senhores.
E o caso é que a não ser dois ou três, os mancebos e não mancebos de Lousada são uns sensaborões – tomam uma chávena de chá ou de café, acendem o seu brejeiro e toca a jogar o bridge.
O que vos vale, lousadenses, é o reforço de fora
.
Mas deixemos isto e sigamos: Sentimos a ausência das formosas damas que nos visitam durante o verão, porque mesmo no inverno, e sempre, a beleza realça por entre as peliças e os agasalhos da estação, não sabemos se com mais brilho do que no verão.
Visitai-nos, gentis damas, mesmo de inverno, para que possamos ver-vos atravessar, como heroínas, essas ruas da vila, depois de um dia de chuva, com as saias levantadas deixando ver-vos o guarda-lamas.
Aqui sereis recebidas com fidalguia que carateriza os lousadenses; aqui sereis recebidas como exige o vosso sexo e a vossa distinção.
Hermo»
Jornal de Lousada, 27 de outubro de 1907, nº 12, p. 3
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