A Capela de São Bartolomeu “está situada no lugar de Vilella além do Rio Souza para a parte do sul”. É assim que o abade de Aveleda apresenta esta bonita capela nas Memórias Paroquiais de 1758. Refere ainda que “foy a dita capella feyta à custa dos frutos desta igreja e pertence a fábrica e administração della ao Abbade.” Há documentos que nos asseguram a existência desta capela logo no início do século XVIII. Numa nota de Visitação escrita em 20 de Junho de 1709 o visitador determina que se faça uma nova imagem do padroeiro e que se enterre a antiga. Por meados do século XVIII terá sido remodelada.
A Capela de São Bartolomeu encontra-se implantada num cruzamento de caminhos antigos e muito importantes. A Ponte de Vilela, muito próxima da capela, revela, pela sua dimensão e qualidade de construção, a importância destas vias. O nome do lugar indica um povoamento ancestral mas reduzido, provavelmente com períodos de abandono. Seria um local ermo e com vegetação densa, ideal para emboscadas aos caminhantes. Associado a este real medo dos assaltos estava, também, o mito da encruzilhada que desde sempre foi relacionado com feitiçarias e morada de espíritos diabólicos. Sensivelmente a nordeste eleva-se o monte do Alto do Pinouco com ocupação da Idade do Ferro.
Não é, pois, de estranhar que este espaço viesse a ser consagrado por uma capela. Esta veio criar um espaço público, com largo e carvalhos, denunciando um antigo centro festivo. Debaixo da sua protecção foram-se aglomerando casas e o lugar ganhou vida.
Trata-se de uma capela devota cuja arquitectura evidencia o gosto do Barroco de meados do século XVIII. É uma construção que demonstra um certo cuidado artístico, muito equilibrada e sólida. Na frontaria, o portal emoldurado é sobrepujado por uma almofada muito proeminente. Um óculo ovalado deixa entrar a luz. O entablamento suporta o imponente frontão clássico encimado por uma cruz. Os remates são feitos por pirâmides em cada extremo.
A capela é de uma só nave, sendo os seus alçados originalmente rebocados. No alçado esquerdo foi posteriormente acrescentado um nicho de alminhas, invocando aos viajantes uma oração pelas almas do Purgatório.
O interior da capela revela um belíssimo retábulo de meados de século XVIII, dentro do difundido “estilo joanino”. Trata-se de uma obra de talha de grande valor artístico e patrimonial. Nele encontram-se alguns vestígio de policromia, o que sugere que tenha sido pintado. A estatuária é de boa qualidade, contemporânea do retábulo, à excepção do padroeiro, São Bartolomeu, que é bem mais antiga. Trata-se de uma belíssima imagem em pedra policromada.
www.eb23-lousada.rcts.pt/lsd/monumentos.htm
Capela de N. S. da Misericórdia (Figueiras)
Capela deriva do latim cappella. Ermida é seu sinónimo. É um templo cristão secundário. Normalmente são locais para atendimento religioso de grupos específicos de pessoas ou comunidades religiosas. São usuais as capelas de colégios, universidades, presídios, conventos, quartéis, castelos, fazendas etc.
A palavra "capela" provém da Cappella (ou manto) de São Martinho, a relíquia mais sagrada dos reis francos, sobre o qual se faziam os juramentos e que era levado à frente das tropas em batalhas. Os seus guardiões eram os cappellani e o santuário no qual se guardava era a cappella. Por isso, cappella veio a ser designação de um prédio religioso, inclusive o seu mobiliário e pessoal, isto é, tudo o que fosse necessário para o culto de um rei ou nobre.
Arquitectura religiosa, barroca. Capela de planta longitudinal, de espaço único, com fachada principal truncada por campanário, rasgada por vãos em eixo, composto por porta de verga recta, ladeada por bancos de granito, e óculo quadrilobado. Fachadas rematas por friso e cornija, com cunhais apilastrados firmados por pináculos fuselados, a lateral esquerda rasgada por porta travessa de verga recta.
Descrição
Planta rectangular simples com cobertura homogénea em telhado de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco em cantaria, flanqueadas por cunhais apilastrados em aparelho isódomo, firmadas por pináculos fusiformes, e rematadas em cornija de cantaria. FACHADA PRINCIPAL virada a O., em empena truncada por sineira em arco de volta perfeita assente em impostas salientes e rematada em cornija contracurva e cruz latina. É rasgada por portal de verga recta e moldura de cantaria, com pequeno friso boleado, encimado por óculo quadrilobado. FACHADA LATERAL ESQUERDA rasgada por porta travessa de verga recta e moldura simples. FACHADA LATERAL DIREITA cega. FACHADA POSTERIOR em empena cega, rematada, no vértice, por cruz latina sobre plinto paralelepipédico. INTERIOR não observado.
Enquadramento
Peri-urbano, isolada, ergue-se no ponto mais alto do Lugar do Calvário, sobre plataforma elevada, em amplo adro murado e pavimentado com calçada portuguesa, pontuado por árvores de sombra, canteiros, floreiras e cruzes da Via-Sacra, com acesso por escadas frontais
Materiais
Estrutura em cantaria de granito, com paramentos rebocados e pintados de branco; embasamento, frisos, cornija, cunhais, pináculos, campanário, cruzes, molduras dos vãos e brancos junto à fachada principal, em cantaria de granito aparente; portas de madeira; cobertura exterior em telha cerâmica.
www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id...
Esta é mais uma das capelas de Lousada que remonta, pelo menos, à primeira metade do século XVII. O Catálogo dos Bispos do Porto refere a sua existência anterior ao ano de 1623. O dintel do portal norte contém uma inscrição que recorda, precisamente, os seus antecedentes de Seiscentos.
Pelas Memórias Paroquiais de 1758, o abade José Teixeira de Magalhães informa-nos da existência desta capela e, curiosamente, da desaparecida capela de Santa Luzia, no lugar do Casal, referindo que “a ellas nam concorre rumagem alguma.”
Evidentemente que a traça actual da ermida nada nos revela do edifício primitivo. Este terá sido gradualmente remodelado e aumentado ou até mesmo, numa determinada época, demolido para dar origem à bela capela que hoje podemos apreciar.
É obra de uma certa vontade artística. Cumprindo, ainda, alguma gramática do estilo rococó, desponta já o gosto neo-clássico. Podemos, pois, pela análise arquitectónica, dizer que se trata de uma construção de meados da segunda metade do século XVIII. Ajudando-nos a datar está, também, a imagem da sua padroeira, uma escultura boa da segunda metade de Setecentos.
A frontaria apresenta um portal emoldurado e uma borla no lintel. A sobrepujar o portal duas volutas interrompidas ao centro por uma concha e uma borla. De cada lado do portal uma fresta muito típica das capelas devocionais. Acima do portal uma abertura em quadrifólio para entrada de luz natural. O frontão é formado por duas volutas, arrancando do seu centro a base artística que sustém uma cruz de pontas trilobadas. Os remates do entablamento são feitos por uma espécie de cúpulas orientais.
O alçado norte apresenta um portal simples cujo dintel se encontra gravado com dizeres, provavelmente, duma refundação da capela. Sobre o portal uma bela janela moldurada com volutas. Ainda no alçado norte, assente sobre o entablamento pode-se ver uma sineira em cantaria trabalhada em arco de volta perfeita.
www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/.../GaleriaMultimedia/
Identidade(Anterior/Actual)
Capela de S. Bartolomeu.
Data construção
Séc. XVIII
Localização
Lugar de Vilela
Inserção Ed. no Património
Aveleda - Lousada
Classificação Oficial
Pública (até 5/10/1910 foi particular - Casa Grande de Vilela)
Proprietários
Igreja de Aveleda
Regime Jurídico
Público (só desde de 1910)
Estado de Conservação
Excelente
Bom X
Protecção e Valorização
Existente X
Análise Arquitectónica:
Tem um aspecto firme e sustentado do barroco, que o seu granito inspira e o seu óculo confirma.
A capela sofreu várias intervenções de preservação e restauro - telhado, as paredes já foram rebocadas, etc., mas a traça original foi mantida. É pois uma construção perfeitamente equilibrada, em cantaria de junta fitada (não é cheia ou tomada), mas sem ser pintada é usual, ressalta o cimento e o granito.
Fachada granítica, em que as pilastras - um pouco salientem do corpo do edifício - trabalhada se elevam até ao entablamento e sustentam praticamente todo o peso do frontão clássico, este com timpano liso, sem qualquer tipo de decoração.
A porta principal, rectangular, com lintel saliente, em forma de almofada e entre esta e o entablamento aí se encontra o óculo com ferro em quadrados e um vidro oval claro que amplifica a iluminação natural da capela, em dias de sol.
No cume do frontão uma cruz assente numa pequena base. O entablamento tem como remate uma pirâmide em cada um dos seus extremos.
No alçado esquerdo, mais ao menos rente ao chão e com pouca altura e diminuta espessura, encontramos umas alminhas muito bem conservadas e com um belo fresco, tendo por figura central o Anjo S. Gabriel.
Capela da 1ª metade do séc. XVIII.
SILVA, José Carlos – As Capelas Públicas de Lousada, U. Portucalense, 1997.
«Ás importantes officinas de fundição de Rebello da Silva & Cª e de relojoaria de Francisco José Rodrigues, acabam de ser encomendados um sino grande afinado por muzica, e um relogio, para a torrede egreja do Senhor dos Afflictos, de Louzada.» De referir que a edificação desta capela se iniciou em 1860.
O Comércio de Penafiel, 27 de Setembro de 1893, nº 12, p. 2
Ficha de Inventário
Capelas Públicas de Lousada
- Edifício - Capelas - Arquitectura -
Capela de S. Cristovão |
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Identidade(Anterior/Actual) Capela de S. Cristovão
Data construção Séc. XVIII Localização St.ª Águeda - Sousela
Inserção Ed. no Património Lugar de St.ª Águeda - Sousela
Classificação Oficial Capela pública
Proprietários Igreja de Sousela
Regime Jurídico Público
Estado de Conservação Excelente Bom X Razoável Mau
Protecção e Valorização Existente Recomendável X |
Análise Arquitectónica:
Na base da sua frontaria pode ver-se três gárgulas em forma de máscaras humana. A capela de S. Cristovão é em cantaria de junta tomada (irá ser).
As gárgulas são sobrepujadas por uma almofada.
A frontaria mostra-nos um arco de volta perfeita peraltado, vendo-se as impostas, tapado com simples tijolos de “mecam”, tendo nessa parede uma pequena abertura - em arco de volta perfeita - e duas pequeninas frestas rectangulares e verticais.
O remate do entablamento é feito por imagens, esculturas em granito, de que não é fácil distinguir o seu nome, dado o grau de deterioração que apresentam.
Sobrepujando o frontão, S. Cristovão, igualmente uma escultura em granito (a precisar de restauro).
No alçado esquerdo há uma porta que dá acesso ao templo e é precedida por uma pequena escadaria.
O alçado norte tem sobrepujando o frontão, uma escultura - assente no acrotério (todas as esculturas que representam imagens de santos ou dignatários da Igreja e até figuras equestres, assentam em acrotérios) - de um santo, doutor ou dignatário da Igreja. E os remates do entablamento são feitos por esculturas em granito que representam imagens de santas (de difícil identificação).
O alçado direito tem uma pequena porta que permite o acesso ao pequeno templo.
SILVA, José Carlos Ribeiro da - As Capelas Públicas de Lousada, U. Portucalense, 1997
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