É já hoje e amanhã que se festejam as tradicionais festas em honra de Santo Ovídio. Estas acontecem na vetusta freguesia de Aveleda que ostenta um rico e diverso património: igreja românica do séc. XIII, capelas do séc. XVIII e diversas casas nobres. A festa de Stº Ovídio é sempre um dos momentos mais importantes da localidade. A sua feira é secular.Nestes dois dias é visitada por muita gente.
Para mim era um acontecimento de primeira grandeza. Acontecia - como ainda acontece – no primeiro domingo após as Festas Grandes do Concelho de Lousada (em honra de Nosso Senhor dos Aflitos). Era sempre esperado com grande ansiedade e emoção.
Mal Agosto despontava eu sabia que surgiam as Festas em honra de Sant’ Ana. Para mim era um misto de alegria e de euforia. Há mais de duas décadas eram um tal encantamento.
Eu vivia em Romariz, um lugar da freguesia de Meinedo, deste ridente concelho de Lousada. De minha casa vislumbrava a pequena e erecta capela de Sant’ Ana fixa numa penedia desde o século XVIII. (Capela que por isso mesmo é também conhecida por capela da Pedra. Foi restaurada diversas vezes e num desses restauros ampliada - séc. XX.).
Desde pequenino que tenho uma veneração por Sant’ Ana e por aquela Romaria. (E mesmo por aquele local: muitas foram as vezes que por ali passeei.).
Em dias de Romaria galgava o monte até á capelinha e presenciava todos os preparativos para a festa. A colocação das bandeiras do monte de Santana até à casa da quinta com o mesmo nome. A construção do bazar (todo em madeira) para leiloar as prendas, do palco, para a actuação do rancho e do conjunto típico e da instalação das luzinhas multicores, que era o que mais eu gostava.
Mas o que mais chamava para a romaria eram dois motivos imprescindíveis: a aparelhagem sonora (altifalantes), que difundiam a música da actualidade, aquela que passava na rádio, assim como dedicavam discos às pessoas, facto muito apreciado; o segundo: os foguetes, estes despertavam a atenção e o agrado de todos. Havia ainda um terceiro factor: os tamborileiros, que percorriam todos os lugares da freguesia arrecadando dinheiro ou prendas para custear a romaria. Os custos estava, igualmente, ao cargo de um juiz e dos festeiros, estes últimos faziam os peditórios na freguesia. O juiz desembolsava do seu bolso os custos da festa. O prato da festa era para a igreja.
Recordo que mal ouvia os altifalantes lá ia eu para a capelinha. E assistia a tudo. No sábado lavava-se o rosto ao monte e caminhos de acesso à capela e ornamentava-se tudo com as bandeiras multicolores. Adorava ver aquilo tudo.
Ao fim da tarde começavam a instalar-se as barraquitas de quinquilharia, de comes e bebes e pouco mais.
Era uma festinha pequena.
À noite a noitada terminava sempre cedo: à meia-noite estouravam duas dúzias de foguetes com lágrimas. Que lindo! E eu sonhava com a noitada encantado. Contava seis, sete ou oito anos…
No domingo, de manhã, o monte de Sant’ Ana fervilhava de povo. Havia mais tendas e barracas: fruta, doces, bebidas, churrasco, jogos, malha, jogo do galo, etc. Era tempo da Missa Solene. Presidia o Padre Meireles. Belo sermão, como sempre.
Alma lavada, emoções do sermão esquecidas, regueifa e uvas compradas, e casa, o cabrito assado e o arroz no forno estão à espera.
A meio da tarde, a Procissão Solene. O monte de Santana é um pleno momento de fé. A procissão estende-se até a um cruzeiro de madeira improvisado onde hoje se situa a Fábrica da Cerveja (limite da freguesia).
Disse adeus a Sant`Ana, assiste-se ao despique da venda das prendas do bazar e olha-se o relógio. Está na hora de regressar a casa e jantar. Compra-se umas cavacas, uns rosquilhos, etc., e mais logo regressa para ver o rancho e fechar a festa.
Jantar em família. Ida à noitada. Um rancho de que já não recorda o nome mostra o que vale. As pessoas (poucas – segunda-feira é dia de trabalho) gostam.
Por último, o fogo-de-artifício. Espectacular! E a festa estava no fim. Há quarenta anos ou mais era assim, que me lembre. E eu gostava. Por acaso hoje é a Romaria em Honra de Sant’Ana.
Com a costumada pompa realisou-se no dia 10 do corrente a tradicional romaria de S. Gonçalo, na freguezia de Macieira, d’ este concelho.
No dia 9, à noite houve a missa cantada a grande instrumental, sermão, procissão e bazar. De tarde e até á noite, houve no largo fronteiro à capella um importante arraial, queimando-se muito fogo e tocando uma banda de música.
Como é a primeira romaria do anno foi ella muito concorrida de forasteiros. Fizeram bom negócio os doceiros, padeiros e outros vendedores ambulantes que costumam frequentar estes arraiaes.
Jornal de Louzada, 12 de Janeiro de 1908, nº 23, p. 2
Em 1910, segundo o Jornal de Lousada, a festa de maior relevância em Lodares foi em honra de Nossa Senhora das Neves.
A 18 de Setembro de 1910 noticiou, na sua página 3, número 161, que a festa em honra de Nossa Senhora das Neves teria lugar na freguesia de Lodares e com o alto patrocínio do senhor José Freire (da Casa de Sequeiros), e a música seria a de Riba Ul – Oliveira de Azeméis, de que era regente – Manuel José de Pinho, que compôs uma música original de propósito, para a missa solene. A música de Riba Ul – Oliveira de Azeméis, era a primeira que estava na região, e era afamada.
Os oradores foram o Abade de Anta e Manuel Soares Pinheiro: professor do Seminário dos Carvalhos. A festa em honra de Nossa Senhora das Neves teve direito a procissão.
Jornal de Lousada, 18 de Setembro de 1910, p. 3, nº 161
Em 1910, segundo o Jornal de Lousada, a festa de maior relevância em Lodares foi em honra de Nossa Senhora das Neves.
A 18 de Setembro de 1910 noticiou, na sua página 3, número 161, que a festa em honra de Nossa Senhora das Neves teria lugar na freguesia de Lodares e com o alto patrocínio do senhor José Freire (da Casa de Sequeiros), e a música seria a de Riba Ul – Oliveira de Azeméis, de que era regente – Manuel José de Pinho, que compôs uma música original de propósito, para a missa solene. A música de Riba Ul – Oliveira de Azeméis, era a primeira que estava na região, e era afamada.
Os oradores foram o Abade de Anta e Manuel Soares Pinheiro: professor do Seminário dos Carvalhos. A festa em honra de Nossa Senhora das Neves teve direito a procissão.
Jornal de Lousada, 18 de Setembro de 1910, p. 3, nº 161
a igreja de são vicente de boim
a paróquia de boim: breve enquadramento
anthero pacheco da silva moreira
caminho _de_ ferro_ de_ penafiel _á_ lix
cargos e profissões dos proprietários de
casamento - joaquim da silva netto com d
i congresso internacional da rota do rom
igreja paroquial de cristelos / igreja d
igreja paroquial de figueiras / igreja d
igreja: stº estevão de barrosas
iii jornadas de história local
www.lousada-digital.com/turismo/patrimonio
Origem historica do concelho de lousada
blogs de interesse
Instituto Português do Património Português