De harmonia com o decreto recentemente publicado pela pasta do Comércio, já começaram a ser levantados os rails do Caminho de Ferro de Penafiel á Lixa. [O comboio cruzava a Rua das Bichas e a Recta de Lagoas (Lodares), passava por Nespereira (onde ainda se pode admirar o Apeadeiro, num local denominado de Cárcere), para se passear no centro da Vila de Lousada, e partir em direcção a Felgueiras, passando sobre a ponte de Ponterrinhas].
Jornal de Lousada, 9 de Maio de 1931, Nº 1790, p. 1
O sr. ministro das obras publicas, Cardoso Avelino, tem visitado com frequencia, as officinas dos caminhos de ferro do Minho e Douro, os tuneis e todos os trabalhos para a construção da ponte sobre o Douro.
A sua estada no Porto tem sido muito festejada.
Hontem chegou s. excª a Chaide, examinou o tunel da tapada e seguiu para cima, a observar todas as mais obras da linha.
(Transcrição feita à época)
Comércio de Penafiel, 24 de Junho de 1878, nº 19, p.3
É amanhã [10 de Setembro de 1876] que tem logar a benção da capella de Nosso Senhor dos Afllitos, em Louzada como comunicamos no numero passado, está tudo preparado para que esta festa seja brilhante e imponente.
Comercio de Penafiel, 9 de Setembro de 1876, nº 41, p. 3
É candidato, governamental a deputado, por aquelle circulo, o Exc. snr. Antonio Barreto d' Almeida Soares Lencastre, distinto cavalheiro de Louzada, e asseguram-nos ser certa a sua eleição.
Gazeta de Penafiel, Sábado, 5 de Fevereiro de 1870, nº 10, p. 3
O povo chama-lhe capela de St.º Ovídio, e a sua invocação, o seu orago é St.º Ovídio. É que na capela de St.º Ovídio, no lugar de Mourinho, está no seu altar a imagem do St.º Ovídio, o santo venerado pelos habitantes de Aveleda e que tem romaria em sua honra em 9 de Agosto. Esta não é a original, a primitiva capela.
Mas houve mesmo uma capela em honra de St.º Ovídio, pertença da casa de Barrimau ou de St.º Ovídio e que por tricas políticas, aquando e depois da Implantação da República, acabou por ser demolida, e esta desde a década de vinte se passou a denominar capela de St.º Ovídio pelo povo de Aveleda e por todos os romeiros que demandam a Aveleda todos os anos, e em Agosto, no seu dia nove.
Mas a capela de St.º Ovídio tem peripécias dignas de serem referidas, mesmo que sucintamente.
É durante a década de vinte que a polémica estala quando os representantes da Junta de Aveleda querem que a capela de St.º Ovídio passe a ser pública. A isso vão-se opor ferozmente os seus donos, os fidalgos da casa de Barrimau ou de St.º Ovídio. Os republicanos ainda nesta época tentavam o arrolamento dos bens da Igreja. Aliás é a partir de 1910 que a capela de S. Bartolomeu se torna pública.
Foi a 26 de Julho de 1927 que “veio de novo o Presidente da Corporação pedir mais a capela de St.º Ovídio.”[1][1]
A capela de St.º Ovídio foi sempre particular “construída em terreno da Quinta de St.º Ovídio, dentro dela e em terreno demarcado e murado da Quinta.”[2][2]
Guerras políticas e pessoais fizeram correr muita tinta em dois periódicos da época: Jornal de Lousada e Vida Nova.
No seu n.º 1043 rezava o Jornal de Lousada (republicano) que “foi arrolada pela autoridade competente a célebre capela de St.º Ovídio, situada na freguesia deste concelho,... o último acto será,... a notícia de ter sido publicado o despacho que, oficialmente, considera a capela do milagroso St.º Ovídio propriedade exclusiva, in secula seculorum da freguesia do muito venerado S. Salvador de Aveleda. Podemos considerar a capela de St.º Ovídio como a praça de guerra de Aveleda.” [3][3]
Apesar dos esforços dos fidalgos da casa de Barrimau ou St.º Ovídio, a capela de St.º Ovídio é entregue à comissão de culto por “Despacho de 15 de Julho findo, foi mandada entregar à Comissão do culto da freguesia de Aveleda, dêste concelho, entre outros bens, a capela de St.º Ovídio...”[4][4]
Só em 1932 é que a capela é restituída à casa de St.º Ovídio, em definitivo, segundo o Heraldo de 27/02/32 e o Vida Nova de 5 de Março de 1932, é que publica o Despacho final sobre esta polémica. O Jornal de Lousada nem, se lhe refere.
A última indicação do Jornal de Lousada é a de que a capela de St.º Ovídio foi demolida, ano de 1932. Actualmente a imagem de St.º Ovídio está na capela de St.º Ovídio, ali junto à igreja.
A capela de St.º Ovídio seria reconstruída no lugar de Mourinho, já que segundo o fidalgo da casa de Barrimau “Demoli a capela que era minha, para a reconstruir num outro local...”[5][5] , pressupõe-se no lugar do Mourinho, já que não encontrei outra documentação que provasse o contrário.
A dita capela de St.º Ovídio que se situa no lugar de Mourinho é, possivelmente, datada dos finais do séc. XVII, já que “Há 155 anos que os antepassados da Illustre família da casa de St.º Ovídio...requeram...licença para colocar na capela um confessionário”[6][6] , isto foi escrito no Jornal Vida Nova em 1928. O pedido para o confessionário foi feito em 1704. Ora a capela já anteriormente estava erigida. Daí situar-se entre os finais do séc. XVII, a sua construção.
Todos a denominam capela de St.º Ovídio, mas esta capela tem por invocação N. Sr.ª do Rosário. E só é capela de St.º Ovídio desde que a antiga capela deste Santo foi demolida.
Silva, José Carlos Ribeiro da – As Capelas Públicas de Lousada, U. Portucalense, 1997
[1][1] Ferreira, Alfredo J.; A Capela de St.º Ovídio em Aveleda, Jornal de Lousada, n.º 1160, 30 de Agosto de 1928, p. 1.
[2][2] Idem.
[3][3] A. J. F., A Praça de Guerra de Aveleda, Jornal de Lousada, 12 de Novembro de 1927, p. 1.
[4][4] Jornal de Lousada, Capela de St.º Ovídio, Agosto de 1931 p. 2.
[5][5] Jornal Vida Nova, 5 de Março de 1920, n.º 560, p. 1.
[6][6] A Capela de St.º Ovídio, Jornal Vida Nova, 6 de Outubro de 1928, n.º473, p.1 e 2.
Donativo de 50 000 reis do Rev. Ab. de Nevogilde em 1832, Jose Caetano de Souza, da caza e quinta de Lagoas, à Confraria do Santissimo Sacramento.
A.D. P. – P o – 1, Livro 151, Secção Notarial, 1832, fl. 85.
«Lousada Antiga» - Das origens à Primeira República -, é a mais recente obra que o Coronel Augusto Soares de Moura (da Nobre Casa da Lama, de Lodares) a todos presenteia com rara mestria e erudição. Obra dividida em dois volumosos e cuidadosos volumes. Sendo o primeiro volume dedicado ao Concelho e o segundo às Freguesias.
Em «Lousada Antiga» encontramos a história do nosso concelho desde as origens até 1910, relatada de forma criteriosa e cuidada, respeitando os acontecimentos, os factos e os documentos.
Estamos, portanto, perante uma obra perfeita, sustentada e erudita, merecedora de um lugar de honra em todas as bibliotecas do nosso concelho, em particular, ou noutras.
No séc. XII, a igreja de Santa Marinha de Lodares era do arcediagado de Aguiar. (Criado por volta de 1080, antes da Nacionalidade, por conseguinte. Talvez seja a mais antiga notícia desta igreja. Já no sentido de freguesia).
MOURA, Augusto Soares - Lousada Antiga, Edição de Autor, 2009, p. 283.
A 19 de Fevereiro de 1911, o Jornal de Louzada, no seu número 185, p. 2, informava que da Sessão de Câmara Municipal de 15 de Fevereiro desse mesmo ano, presidida pelo snr. dr. Porfírio Coelho da Fonseca Magalhães, foi deliberado «mandar informar informar pelo conductor de obras municipaes um requerimento do dr. Joaquim Pinto Coelho Soares de Moura, de Lodares, para vedação de um terreno na mesma freguezia; (…).
Jornal de Lousada, 19 de Fevereiro de 1911, nº 185. p. 2
Sessão Municipal (1911)
A 15 de Janeiro de 1911, no seu número cento e oitenta e página número dois e três, o Jornal de Louzada noticiava a Sessão de 11 Janeiro de 1911 da Câmara Municipal. Esta foi presidida por pelo snr. dr. Porfirio Coelho da Fonseca Magalhães, (…).
(…)
Mandar informar pelo conductor das obras municipaes um requerimento de Paulino Pereira, de Lodares, para construção de paredes junto a um caminho publico, em Nevogilde.
Jornal de Louzada, 15 de Janeiro de 1911, nº 180, nº 2, 3.
a igreja de são vicente de boim
a paróquia de boim: breve enquadramento
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