Lousada tem orgulho em si própria porque tem muito a ver com a fundação de Portugal, como todo o Vale do Sousa, esteja ou esteja o facto devidamente salientado, pois não faltam notíccias de santos que aqui ergueram mosteiros, de reis, rainhas, príncipes e princesas que nestes vales e montes se criaram, brincaram e cavalgaram, vigiados pelos aios, desde o sempre honrado Egas Moniz, à sua filha D. Urraca e a Estefânia Soares de Riba de Vizela ou ao Conde de Vizela, que nesta terra terão orientado e amado como filhos alguns dos primeiros Afonsos, Sanchos ou Mafaldas que Portugal houve.
Daqui são oriundas as nobres famílias dos Sousas e Leitões, famílias que se cruzaram entre si e com as da Maia, de Baião, de Ribadouro, de Riba de Vizela ou com a de Soverosa - afinal as que «filharam Portugal». Alguns dos seus descendentes se uniram à casa real.
(...), ..., embora para caracterizar o Concelho, fosse suficiente apresentar dois factos: ter sido Lousada a primeira sede da diocese do Porto e ter sido Lousada o berço da família «mais principal» de Portugal.
MOURA, Augusto Soares - In Lousada Antiga, 2009
As Capelas e o Património.
As capelas públicas de Lousada fazem parte integrante do Património concelhio, sendo na sua quase totalidade públicas: todo o património é do domínio “público”. E fazem parte da memória colectiva da comunidade em que estão inseridas. São memória, enquanto nós representamos a herança dessa memória legada pelos nossos antepassados.
Assim, as capelas representam a memória dos homens e o pulsar das comunidades, sendo também os sinais da sua identidade; são elas que representam algo de cada um; que os ajudam a centralizar os seus destinos; e que os levam a perspectivar e a acreditar no futuro; e é por isso que são património, são memória, que urge inventariar, sistematizar, potenciar, valorizar e divulgar.
As capelas, enquanto património não são tão monumentais quanto as igrejas paroquiais, os solares, as pontes românicas; mas representam um património que congrega à sua volta uma força poderosa, mística e de fé que leva os homens a fixá-las como o derradeiro refúgio.
São um tipo de património - de memória - que predomina em Lousada, que urge valorizar, dado pouco ou nada ter sido feito.
As capelas fazem, pois, parte da nossa memória colectiva, sendo património de qualidade. É, por isso, crucial que se mantenha a memória, a qualidade, para que estas - as capelas - continuem a ser testemunhos de hoje e de futuro. E por muito “pobre” que uma capela seja, ela representa o passado, e, por isso mesmo, deve continuar a sua função: perpetuação da memória.
Podemos afirmar que a manutenção da qualidade e da memória, do património - neste caso das capelas - pressupõe uma sensibilização e conhecimento das suas virtualidades, da sua importância e da sua diversidade arquitectónica e artística.
As capelas, enquanto património, representam não só um estilo arquitectónico, uma determinada época, mas acima de tudo o pulsar de uma comunidade, a alma de um povo. E tudo isto é representa as alvas ermidas do concelho de Lousada.
A Sacralização do Espaço.
Quem percorrer, uma a uma, as freguesias do Concelho de Lousada e reparar no local onde primitivamente foram erigidas as suas capelas públicas, chega a uma só conclusão: num alto de um monte ou num local completamente despovoado, isolado.
Um local isolado, solitário, um alto do monte. Porquê ? Haverá uma explicação para tal facto ?
Obviamente.
Tal como no séc. XII - XIII, uma Igreja, era o garante da posse e ocupação legal - porque cristã - de uma terra e, para além disso, o penhor de segurança religioso e psíquico para os colonizadores do seu “termo”, também no séc. XVII - XVIII, a ermida e a capelas erigida num alto de um monte ou num local isolado da freguesia revestia-se de protecção, de benção para o território que abrangia (montes, vales, colinas, morros, etc.) e paz espiritual já que “funcionava” como protectora e último reduto dos aflitos.
A capela sacralizava o tempo e o espaço que envolvia e quanto mais longe dos seus devotos, mais importância, fora e poder tinha. O mistério, a distância, o seu poder divino e estranho, dava à santa da sua invocação um ar de todo o poder.
Ainda tinha outra função: conferia prestígio a quem a mandava erigir e que por isso cuidava dela em todos os pormenores.
A capela - lá no alto - tornava-se imprescindível à comunidade, sendo um dos pólos sacralizadores, em conjunto com a igreja, de toda a freguesia.
O nome da invocação da capela, da sua “padroeira”, é um factor importante para a comunidade paroquial. A capela - a sua padroeira - não só vela e intercede pela alma daqueles que já morreram, como é certeza da garantia do amparo e da protecção de Deus para os bens da terra, dos seus frutos, e do exorcismo dos males. As capelas, os seus santos “expulsavam” - velam - para que os demónios não tenham a veleidade de estragar as suas produções agrícolas, que não haja incêndios para que os seus montes estejam intactos (a madeira é um bem essencial).
Das capelas saíam procissões até aos vales onde os devotos dos seus santos viviam e labutavam. E nos cruzamentos e entroncamentos eram construídos cruzeiros. A procissão passava por esses locais para deles afastar os males, os demónios, do mundo. Já que “... há um outro género carregado de aspectos mágicos e que constava essencialmente em cristianizar e apotropaicizar por meio de cruzes, de capelas, e de outros sinais amuletiformes os lugares de onde viessem más influências e os autos que dominavam a povoação. Assim, mais que para cristianizar, ou até sacralizar, as cruzes e as capelas, destinavam-se a proteger e a exorcizar o território dos entes maléficos.”17
As capelas - tal como os cruzeiros, sinais amoléticos gravados em penedos (em redor da freguesia) - tinham um filho, primeiro: proteger e exorcizar a localidade de tudo quanto fosse mais em termos de demónios.
Por tal razão, as procissões percorriam todos esses pontos considerados como hipotéticos locais de entes demoníacos.
As capelas tinham pois uma função “sacralizadora e protectora”. Aliás, as capelas, cedo apareciam no cume do monte das povoações quando estas começavam a ser povoadas. E no cimo destes montes, tendo aos seus pés os campos, iam as procissões com as rezas, as ladainhas para assim exorcizar os males daqueles locais.
Ainda hoje é aos santos “padroeiros” destas capelas a quem se pede, se roga, se apela, pelos frutos da terra, pela chuva, pela protecção pelos animais daninhos, e insectos (gafanhotos).
Actualmente, nem tanto. Hoje murmura-se, pede-se, pela saúde do filho ou da neta, da sua felicidade, etc.
Praticamente todas as capelas resultam da devoção e promessas da Época Moderna (e Contemporânea). Na Época Contemporânea foram reconstruídas pelos “brasileiros” que dessa forma adquiriram prestígio e nome.
Mas, em Lousada, vamos encontrar várias capelas em locais planos, baixos (S. Gonçalo - Macieira, N. Sr.ª da Conceição, N. Sr.ª das Necessidades - Lodares, N. Sr.ª da Misericórdia, St.º Ovídio, etc.).
Ora, estas e outras capelas, ou foram construídas em locais isolados, solitários, da freguesia, ou pertenceram a casas particulares, tornando-se mais tarde (em 1910, com a Implantação da República) capelas públicas ou foram doadas por particulares à Igreja (N. Sr.ª das Necessidades, St.ª Ovídio).
A maioria das capelas construídas em altos de montes, estão actualmente rodeadas pelos seus tementes devotos. São os casos da capela do Sr. dos Aflitos, do Loreto, S. Gonçalo (Lustosa), Sr.ª Aparecida, etc.
Uma das poucas que resiste a essa onda modernista é a capela de Sant’ Ana.
Mas a verdade é que ainda hoje - aquando das romarias - se fazem as procissões em determinado percurso e dão a volta de regresso num cruzeiro, rodeando-o.
E nas procissões não vão “espingardeiros”, nem foices e gadanhas para assim “o barulho, os morteiros e os tiros, e até o transporte de foices e gadanhas, eram essenciais para a sua eficiência - procuravam afugentar e assustar todos os males nocivos à freguesia, os das sementeiras e o da saúde,”[1]8 mas os “anjinhos” levam toda a sorte de instrumentos, de forma simbólica, e vão vestidos de santos, há andores com santos, foguetes, o santíssimo, banda de música, tamborileiros, G.N.R. a pé e a cavalo, etc.
Há, portanto, tudo - na actualidade - como havia nos séculos anteriores. E a intenção “deve” ser a mesma: exorcizar e apotropaicizar os entes maléficos”. Até a cal branca apotropaica. Temos que entender que as terras, território onde o homem viveu, e vive, é uma “dádiva “ de Deus e dos “seus santos” e por isso há que ser também generoso, reconhecido. Para “eles” se erguem capelas, onde se guardam imagens e relíquias. E aonde se levam dádivas no cumprimento de promessas, de “votos” alcançados.
No espaço sacralizado que se procura aumentar tem que, principalmente, vencer as forças do mal e demoníacas. Por tal razão se vislumbra tanta capela e tanto santo, no alto de tanto monte. Deles tinha de surgir a abundância e a fertilidade.
O bem-estar exigia a retribuição.
Daí as capelas e os santos no alto de tantos montes, que só um misto de sagrado, de protecção e segurança as faz persistir. Manto protector das aflições terrenas, e regaço dos aflitos.
In Seminário «Capelas Públicas de Lousada» 1997
O Cruzeiro da Capela de São Gonçalo
Está cercado por uma grade em ferro, no topo poente do Adro da Capela de São Gonçalo, sita no lugar com o mesmo nome.
É propriedade da Igreja Católica.
Construído em granito e em data desconhecida.
Está em bom estado de conservação.
A cruz é quadrangular e assenta no dado. A haste vertical é mais alongada que a horizontal. As hastes formam um losango e terminam em bico.
O dado é cúbico e tem a seguintes inscrição referente à comemoração dos centenários. F:1140 R:1640 C:1940.
A plataforma é composta por três degraus.
O Cruzeiro do Cemitério
É de crucifixo e está colocado no meio do Cemitério, sito no lugar da Igreja.
É propriedade da Junta de Freguesia de Macieira
Construído em marmorite e mármore.
Este exemplar único no concelho está em bom estado de conservação.
A cruz é quadrangular, tipo latina. O crucifixo da cruz é em mármore.
O fuste é igualmente quadrangular, em marmorite, sendo revestido lateralmente por mármore.
A base é o chão ladrilhado do Cemitério.
A data da reconstrução remonta à década de 70 do último século, pois é natural que já existisse desde a construção do Cemitério que data de 10 de Novembro de 1884.
VIEIRA, Leonel - Os Cruzeiros de Lousada, U. Portucalense, 2004
Das três capelas conhecidas em S. Paio de Casais, uma é privada (N. Sr.ª da Piedade) e as outras duas (Sr. do Calvário e St.º António) são públicas.
A Capela de St. º António.
Fica a 200 metros da igreja de Casais, acima desta; e a pouco mais de 100 metros da capela do Calvário.
No centro da freguesia, junto à berma direita da estrada principal que rasga a freguesia de Casais.
Na capela de St.º António celebra-se todos os Sábados - à tarde - a missa vespertina.
Todos os anos se realiza uma bela e concorrida romaria em honra de St.º António.
Algumas Considerações Artísticas.
A capela é formada por nave e capela - mor, uma mais alta do que outra. Nota-se claramente que houve em primeiro lugar a construção de uma pequena ermida e que posteriormente houve um aumento, uma ampliação que respeitou integralmente a traça anterior, já que o segundo aumento, apesar de conter um maior volume manteve o mesmo estilo arquitectónico. Aliás - apesar de não haver dados que o confirmam - pode inferir-se que a ampliação teria sido feita no mesmo séc. ou época, ou por alguém que fez questão de manter a traça inicial. Inclino-me mais para uma ampliação executada na mesma época.
É evidente que sofreu várias intervenções ao longo do tempo, já que o seu estado de conservação é bom.
A capela de St.º António pode ser situada na 2ª metade do séc. XVIII.
É uma construção de cantaria rebocada e pintada a branco.
No seu alçado principal - frontão - poderemos ver um portal a meio do frontão que dá acesso ao templo e o entablamento é rematado por uma pirâmide no seu lado esquerdo, o frontão tem no seu cume, sob uma base em granito, uma cruz do mesmo material e no remate direito do entablamento uma artística sineira e pouco comum nas capelas de Lousada.
Apanhando parte do timpano e parte da frontaria, logo acima de um aulejo rectangular com a imagem de St.º António (invocação da capela) mesmo ao centro, uma fresta mediana permite que a luz natural penetre no templo.
No topo do frontão encontra-se, para além da cruz, uma luz eléctrica, assim como os altifalantes.
O alçado direito permite-nos verificar que a cimalha elaborada e de granito sustenta e bem o telhado. De salientar também o portal lateral de acesso ao templo de forma rectangular, assim como uma fresta mediana aberta no granito da parede.
Outro acrescento - e obedecendo à traça arquitectónica inicial - é uma pequena sacristia enxertada na primitiva ermida.
Olhando para este alçado direito vêm-se ainda os remates do entablamento, em pirâmide, e as cruzes em bases de cantaria no cume dos frontões da primitiva ermida e na retaguarda (um bocadinho mais alta que a primitiva capela) da Segunda construção.
O telhado é em telha vulgar - não deverá ser a primitiva.
O alçado esquerdo mostra-nos precisamente os mesmos elementos arquitectónicos, menos a sacristia que não tem. Tem é duas frestas abertas nas paredes da primitiva e da Segunda construção.
A Capela do Calvário.
Fica situada no Lugar do Calvário. É a parte final duma Via Crusis. As 14 cruzes que aqui se encontram pensa-se que serão do séc. XVI ou princípios do séc. XVII. É natural que a capela seja mais tardia, do séc. XVIII.
As várias cruzes dividem-se desde a igreja paroquial até à capela do Sr. do Calvário. Esta fica num alto de difícil acesso, mesmo que alcatroada a rua. É íngreme.
Ainda na actualidade, em dia de Sexta feira Santa, se pratica a Via - Sacra ao longo das citadas cruzes. O percurso, todo ele, é feito numa ordem ascendente, a partir da igreja paroquial e culminando na capela do Calvário.
Algumas Considerações Artísticas.
Julgo não errar se situar a capela do Sr. do Calvário nos inícios do séc. XVIII.
É uma capela de uma só nave, em cantaria, com junta tomada e fitada e que sofreu ao longo dos anos várias intervenções. É no seu alçado principal que reside o maior interesse de análise arquitectónico. O alçado direito e esquerdo não têm qualquer pormenor relevante.
É contudo uma construção equilibrada e interessante.
A sua fachada principal - a frontaria - é pentagonal. Coisa rara nas capelas de Lousada. Quer dizer que seu frontão e tímpano são diferentes de quase todos os outros, o que permite que a torre sineira (sem sino) assente numa base plana. Torre sineira artística, em arco, e que suporta uma pequena cruz em pedra e esta por sua vez serve de base a uma “artística” e moderna cruz em ferro e fibra branca para iluminar e sinalizar o local onde se implanta o templo; na parte final da cruz encontra-se um artefacto em ferro com uma lâmpada eléctrica (também com a função de assinalar o sagrado).
As duas pilastras salientes - cada uma na sua extremidade - têm na sua parte final o entablamento que é rematado por pináculos em forma de cones assentes em bases graníticas.
Mesmo no centro da fachada principal, um portal dá acesso ao templo. No tímpano, a meio deste, tocando a cimalha, encontra-se uma abertura em forma de losango, a que até podemos chamar “óculo”, mas que é uma forma de representação pouco usual em capelas de Lousada.
O alçado esquerdo deixa-nos ver o aparelho com junta tomada e fitada, o telhado e as telhas a assentarem na cimalha elaborada e em granito. Um portal - praticamente a meio - rasga a parede granítica e dá acesso ao templo.
O único alçado coberto a azulejo em padrão, é o alçado principal. O azulejo é azul, formando uma roseta, que presumo seja deste século, já que não consegui Ter acesso a documentos do restauro em que o azulejo foi colocado.
Linda capela, com artísticas linhas arquitectónicas e com o seu local de implantação a necessitar de melhoramentos.
Lousada no século XVIII era um concelho dominado por uma elite de famílias nobres que ao longo da centúria moldando e forjando os factos e os acontecimentos, alimentando, fortalecendo e estreitando laços, aumentando domínios e fortunas através do casamento entre famílias. E acima de tudo mantendo privilégios durante décadas (capitão – mor e sargento – mor) na mesma família ou ramo de família. Assiste – se a este tipo de situações.
A nobreza domina em Lousada. O concelho no século XVIII não é um concelho perfeito. Só o será em 1842.
No final do século XIV, toda a propriedade rústica ou urbana de Lousada estava nas mãos de igrejas, de mosteiros e de Ordens Militares: Paço de Sousa, Bustelo, Pombeiro e Santo Tirso, os conventos de S. Bento entre Douro e Ave, Cete, Travanca, Arouca, Ferreira, Fonte Arcada Vilela, Mancelos, Freixo, Fonte Arcada, Vilela, o Hospital, os Gafos de Alfena, Lorvão e Tarouca. De princípio, muito singelamente, para depois o fazer com maior ou menor aparato ou grandeza, foram os nobres construindo e reedificando as suas casas.
Se tivermos o cuidado de percorrer com o olhar a paisagem edificada de Lousada ainda encontramos algumas dessas construções do século XVI de pé. O exemplo mais concreto e mais emblemático é, sem sombra para dúvidas, a casa de Juste, na freguesia do Torno. As demais são quase todas, ou todas, dos séculos XVIII (mesmo que uma outra tenha sido construída no século XVI, mas foi tão remexida que actualmente tem todas as características do século XVIII ou XIX, como é o caso da Casa de Alentém, construção que remonta ao século XVIII.).
É evidente que muitos destes nobres eram, antes de serem nobres, plebeus, lavradores ricos, que se enobreceram, mas outros já eram nobres ou pertenciam a famílias nobres, como os Borges Barretos, os Pintos, os Pachecos, os Soares de Moura, etc.
Mas a paisagem edificada no concelho de Lousada não era só casa nobre, era também igrejas, capelas, moinhos, pontes, etc.
A 9 de Fevereiro de 1921, o Jornal de Louzada, na p. 2, nº 700, noticiava a inauguração do «Lodares – Club», «uma casa de recreio» e porventura de lazer. Era seu presidente José Peixoto Queiroz; Vice – Presidente – Manoel Correia Marques; 1º Secretário – Belmiro Garcêz; Tesoureiro – Altino Marques; Vogais: João da Silva e Angelo Leal. Conselho Fiscal: presidente – Aurelio Couto; Alvaro Moreira da Silva; Joaquim Ribeiro de Meireles. Assembleia Geral: presidente – Joaquim de Sousa Coelho.
O Cruzeiro situa-se no Lugar de Perguntouro, em local sobranceiro à Igreja matriz, de onde dista aproximadamente cem metros.
Este Cruzeiro foi edificado em 1941, em frente a uma pequeníssima Capela em honra de Nossa Senhora de Fátima. O espaço envolvente está muito bem cuidado.
É propriedade da Igreja Católica
Construído em granito.
Está em bom estado de conservação.
É um Cruzeiro de cruz.
A cruz é latina e quadrangular e assenta num capitel troncopiramidal invertido.
O fuste sobrepuja na cornija. Dois terços do fuste são circulares, o restante junto à cornija é quadrangular.
O dado é cúbico e tem na sua face central esculpida a data da construção,
A plataforma é quadrangular e tem dois degraus.
VIEIRA, Leonel Vieira – In Os Cruzeiros de Lousada, U. Portucalense, 2004
In Lousada Antiga, MOURA, Augusto Soares de
«Lousada Antiga» - Das origens à primeira República -, é a mais recente obra que o Coronel Augusto Soares de Moura (da nobre Casa da Lama, Lodares) a todos presenteia com rara mestria e erudição. Obra dividida em dois volumosos e cuidados volumes. Sendo o primeiro volume dedicado ao Concelho e o segundo às Freguesias.
Em «Lousada Antiga» encontramos a história do nosso concelho desde as origens até 1910, relatada de forma científica, respeitando os acontecimentos, os factos e os documentos, isto é, estamos perante uma obra perfeita, sustentada e erudita, merecedora de um lugar de honra em todas as bibliotecas do nosso concelho, em particular, assim como em qualquer outra.
O Cruzeiro Paroquial
Situa-se no lugar do Cruzeiro, no meio do entroncamento da estrada de Boim com a de Nespereira/Lodares e a mil metros da Igreja matriz.
É propriedade da Igreja Católica.
Construído no ano de 1721, em granito.
Está em bom estado de conservação, pois foi restaurado recentemente.
A cruz é latina, quadrangular e está repleta de ornatos e incisões.
O fuste assenta na cornija.
O pedestal tem dois degraus. O primeiro junto ao soco é quadrangular e o outro é circular e está revestido com cubinhos em granito
No dado há um losango com um círculo lá dentro que faz lembrar um olho. No outro lado do dado está desenhada uma flor.
Este belo Cruzeiro está repleto de desenhos geométricos e de outros motivos, o que o torna único no concelho.
O Cruzeiro do Cemitério
Está encostado a meio do muro do topo poente do Cemitério, sito no lugar da Igreja.
É propriedade da Junta de Freguesia de Nespereira.
Construído em granito em data que se desconhece.
Está em bom estado de conservação.
A cruz é quadrangular. A haste vertical é mais comprida que a horizontal.
A plataforma é quadrangular e tem dois degraus.
O Cruzeiro da Escola
Está edificado na berma da estrada, junto ao logradouro da escola, no lugar do Cruzeiro.
É propriedade da Igreja Católica.
Construído em granito em data que se desconhece.
Está em bom estado de conservação.
A cruz é latina, quadrangular e assenta no dado octogonal. A haste vertical é muito mais comprida que a horizontal.
A plataforma é quadrangular e tem apenas um degrau.
Ao lado deste Cruzeiro está um capitel troncopiramidal que pode ter pertencido a outro Cruzeiro ou a este mesmo.
VIEIRA, Leonel - Os Cruzeiros de Lousada, U. Portucalense, 2004
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