Casa Redonda - Museu do Engenho do Linho
(Casais - Lousada)
Passa pellas margens desta freguezia pela parte do Nascente o Rio chamado Souza, tem seu principio nas Lamas da freguezia de Moure que fica entre Cramos e Pombeyro, em distancia desta freguezia, huma grande legoa. Não nasce logo caudelozo, sim se vem augmentando com as fontes e regatos que descem para elle de huma e outra parte, atte chegar a esta freguezia, por onde já corre bastantemente avultado todo o anno, principalmente no tempo de inverno que sempre vay mais crescido. Não hé navegavel e só em alguns poços altos pode andar nelle algum barco ou batel pequeno. Corre com curso manso e quieto, porem no tempo de inverno quando há cheyas grandes, corre arebatado. Corre de Norte para Sul. Cria trutas, vogas, escallos, e alguns barbos. Não tenho que informar, só que em todo o anno se pesca, excepto nos meses proibidos. Hé comum para toda a pessoa que quizer pescar enquanto nesta freguezia que nas outras por onde passa athé se meter no Rio Douro, como ficao distantes desta não pude alcançar notícia certa para aquy dar informaçoes verdadeyras como se requer o que farão os Parochos das mesmas freguezias. Este Rio passa por entre prados cultivados com seus arvoredos ao rredor, como são salgueyros, amieyros, castanheyros, e carvalhos, com suas vides que dão vinho verde. Não tenho que informar porque não consta tenhão as suas aguas virtude alguma particular. Toma este Rio o nome Souza de hum lugar chamado Souza que fica junto a este Rio, perto do sitio onde se mete no rio Douro e sempre este Rio Souza teve o mesmo nome desde a Ponte da veyga que he onde principia a ser Rio, athe se meter no Rio Douro. Morre no Rio Douro no sitio a que chamão Entre ambos os Rios, como dizem algumas pessoas com quem me informey e outras dizem se mete no sitio de Arnellas.
Património Edificado no Rio Sousa
Não tem no circuito desta freguezia, por onde passa, cachoeira alguma, só tem duas, digo tres açudes que fazem reprezar as aguas para moverem os moinhos que há no mesmo Rio, e estes açudes lhe embaraçarao o ser navegavel se fosse capaz de navegação. Tem huma ponte de cantaria feyta com perfeyção e segurança, e foy feyta por ordem de Sua Majestade que Deos guarde, esta ponte tem tres ilhais e tem de largura dez ou doze palmos e está situada entre Vilella, e esta freguezia, ao qual lugar de Vilella pertence a esta mesma freguezia eos moradores do dito lugar passao pela dita ponte para a Igreja ouvir missa e assistir aos Oficios Divinos. Serve de passagem aos passageyros que vem de Villa de Conde, e daquellas partes para a Amarante, e para villa Real. Tem mais no circuito desta freguezia dois pontitos, e por qualquer delles só pode passar huma pessoa ao mesmo tempo por serem estreytos hum de pedra a que chamão as poldras de Barrimao que serve de passagem desta freguezia para a freguezia de São Pedro de Cahide; o outro pontito hé de pao a que chamao a ponte da Darconha e serve de passagem desta freguezia para a freguezia de Alentem.Tem huma caza de moinhos no lugar de Prequiam e consta de seis rodas e huma destas he alveyra que moe trigo e estes moinhos São de Manoel Pinto de Magalhaes da caza grande de Vilella e para estes moinhos vay hua grande levada de agua reprezada em hum dos açudes que há no mesmo Rio. Tem mais duas cazas de moinhos cada hum tem duas rodas que estão no sitio de Barrimao, hum destes moinhos hé de Luiz da Costa Guimaraes e outro de António Rodrigues, ambos desta freguezia e para estes moinhos vay amesma Levada de agua reprezada em açude, digo em segundo açude que tem este Rio no circuito desta freguezia. O terceyro açude repreza a agua para outros moinhos que ficão perto daquelles, onde tãobem há huma azenha ou lagar de azeyte, e São de Luis Pinto da freguezia de Alentem. Não tenho que informar. Uzaó Livremente os moradores desta freguezia da agua deste Rio, onde podem reprezar para limarem e regare seus campos, mas os que mays se aproveytão della saó Luís da Costa Guimaraes do Lugar de Barrimau, e Manoel Pinto de Magalhaes da caza grande do lugar de Vilella porque tem reprezado duas levadas do mesmo Rio para os seuscampos, e não paga pensão alguma. Tem este Rio seis legoas de distancia pouco mais ou menos desde o seu nascimento athe acabar no Rio Douro, e não passa por entre povoações algumas de nome, só por entre alguns moradores da freguezia da Cepeda, segundo a averiguação que pude fazer, assim como dos mais particullares do mesmo Rio, fora do distrito desta freguezia, que os Parochos por onde elle passa, poderão dar informação de sciencia certa.
I. A. N. T. T. Diccionario Geográfico. 1758, Vol. 5. fl. 847 a 8-Memória Paroquial de Aveleda 1758, Maio, 22
Cinco legoas para distante da Cidade do Porto, para a parte do Norte (…) em terra de Louzada (…) muytas vezes succedia abrirem-se alguns alicerces, para se edificarem algumas casas e encontrar com alguns cimentos como de muralhas, e algumas pedras grandes, muyto alvas, e lavradas, cousa que não há por aquellas partes; com que denotava haver naquelle lugar antigamente alguma notavel povoação, ou Cidade tão nobre, que para a grandeza, e fermosura, de seus edifícios, mandavão ir pedra de outras partes."
A.N.T.T. Fr. Agostinho de Santa Maria, Santuário Mariano, 1712- Lv. 1 - Das Imagens de N Senhora que se venerão por milagres no Bispado do Porto
www.cm-lousada.pt/.../Lousada/.../PatrimonioArqueologia/
A seis de Maio de 1814, pertencente a Stª Eulália da Ordem, no Concelho de Aguiar de Sousa, pontificava o Capitão José Freire Vieira Teixeira de Queirós, da Casa de Real.
ADP – Notarial, Po2, 1ª Série, Livro 116, fl. 102
Em 1827 era Tabelião José Caetano Teixeira de Sousa
ADP – Notarial, Po2, 1ª série, livro nº 116, fl. 102
O Padre Francisco de Salles Ferreira de Magalhães, residia em Romariz (Meinedo – Lousada), a 4 de Abril de 1827.
Honra de Meinedo, Livro nº 141, 1ª Série, fl. 131
Há referências anteriores (séc. XVIII), mas esta surge nas primeiras décadas do século XIX: Maria Joaquina da Lapa Magalhães e Cerveira (da Quinta de Romariz - Meinedo - Lousada), a 4 de ABril de 1827. Da dita Quinta de Romariz, também denominada Casa D' Além.
Estamos a falar da Honra de Meinedo, à época. 1ª Série, Livro nº 141, fl. 129.
Daqui descende o meu avó materno e a minha mãe, e toda a minha família directa. A tal linha Soares de Moura que entronca nos Soares de Moura da Casa da Lama e todos os outros.
A 26 de Março de 1826 era Juiz Ordinário de todo cível, crime e dos órfãos e siza do Couto de Meinedo, o Capitão António Couto de Meireles.
Livvro nº 141, 1ª Série, fl. 124
Não marquei data, mas pelo livro que consultei infiro que foi nas primeiras décadas do século XIX. Refiro-me á compra da Casa das Fogaças (Figueiras), pelo então senhor da Tapada. Desembolsou este: 4 contos de réis. Uma fortuna à época. Encima o primeiro fólio o seguinte: «Carta de compra da Casa das Fogaças (Figueiras) por 4 contos de réis.
ADP - notarial, Po2, 2ª série, Livro nº 156, fl. 76-78.
No séc. XVI, XVII, XVIII (épocas que pesquisei para a minha tese de mestrado: «A Casa Nobre no Concelho de Lousada») e mesmo no séc. XIX, uma das problemáticas mais focadas nos livros dos tabeliães, é, sem dúvida alguma, a questão da posse, divisão e uso de água. Um bem raro e precioso em todos os tempos.
Assim, é de referir o pormenor de referências ilustrativas que refere o «Contrato de Obra e rateio de água da Casa d’Afreita (Nevogilde) e Casa da Cachopada (Freamunde)», contratualizado a 10 de Abril de 1852.
ADP – Notarial, Po2 – 2ª Série, Livro nº173, nº 277, 10 de Abril de 1852.
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