Tal como o seu nome indica, esta freguesia reporta-nos para a existência de "castros". De facto há nesta freguesia vestígios da existência de um povoado da Idade do Ferro mais tarde romanizado.
O primeiro documento que nos reporta para esta freguesia é uma carta de doação, datada de 980, que Dona Vivili e seu marido Fromarigo Espassandes fazem ao mosteiro de Vilela da Igreja de Santo André de Cristelos.
Na Idade Média surgem diversos documentos sobre esta freguesia, que dão conta de vários casais foreiros de diversos mosteiros, como o de Vilela, o de Cete e o de Santo Tirso.
Nas Inquirições de 1258, o pároco de Santo André de Cristelos, Martinho Pires com as restantes testemunhas, relata que a igreja pertencia a herdadores e ao Mosteiro de Vilela, mas cuja apresentação dependia do Bispo do Porto.
Nas Inquirições de D.Dinis no lugar de Cristelos constavam três casais do mosteiro de Santo Tirso que eram honrados porque tinham sido de D. Gonçalo de Sousa.
As Memórias Paroquiais de 1758 referem que o abade é apresentação alternativa do Bispado do Porto e dos religiosos de Santo Agostinho do Convento de Nossa Senhora do Pilar.
Igreja: A Igreja de Cristelos destaca-se pela sua dimensão e pelo ritmo das suas partes. Na fachada descobrem-se alguns elementos dos finais do Barroco, com tendência clara para o Rocócó, numa leitura regional e algo cândida, designadamente no rebuscado frontão da fachada.
Capelas: A Capela de Nossa Senhora da Conceição vem já referida no Catálogo dos Bispo do Porto, facto que revela a sua antiguidade. A Capela de Nossa Senhora do Loreto constituiu, em tempos, antes da edificação da Capela do Senhor dos Aflitos, o promontório por excelência da Vila.
Outros locais de interesse: O Castro de São Domingos testemunha o ancestral povoamento desta terra. As casas da Ribeira e da Costilha são dois belos solares, cabeças de exploração agrícola e berço de algumas das mais altas individualidades do Concelho.
IN SITE DA CÂMARA DE LOUSADA
A Igreja de Cristelos destaca-se pela sua dimensão e pelo ritmo das suas partes. Na fachada descobrem-se alguns elementos dos finais do Barroco, com tendência clara para o Rocócó, numa leitura regional e algo cândida, designadamente no rebuscado frontão da fachada. No interior destaca-se com imponência o altar barroco de estilo nacional em talha dourada.
A Torre de Vilar é um belo exemplar de arquitetura civil medieval, no qual encontramos
algumas permanências do Românico. A sua índole castrense tem vindo a ser discutida por vários investigadores desde os finais do século XIX e o debate em torno da sua primordial funcionalidade parece ter seguimento. Mas as dúvidas estendem-se a outras interrogações fundamentais para o entendimento desta construção. Persiste uma total ignorância quanto ao encomendador desta torre e quanto à conjuntura político-social que lhe esteve associada. Algumas soluções técnicas adotadas na sua construção também têm suscitado muitas argumentações a vários investigadores.
Só será possível responder a estas questões quando a Torre de Vilar deixar de ser entendida, sobranceiramente, como uma mera obra arquitetónica e passar a ser alvo de intervenções que O Românico em Lousada: a Torre Medieval de Vilar tenham por base o trabalho pluridisciplinar que promova uma compreensão de conjunto, estrutural e competente. Mais do que avançarmos com mais uma abordagem descritiva da torre importa analisar o que vários autores escreveram sobre ela ao longo dos tempos para se compreender sobre que tipo de fontes estão apoiados os principais estudos que
a este monumento se referem.
As Inquirições de1220 e de 1258 não mencionam a torre, tendo vindo a ser utilizado este dado por vários investigadores para estabelecer a sua cronologia. Nas Inquirições de Dom Dinis nada é mencionado.
IN Suplemento do Património. O Românico em Lousada: a Torre Medieval de Vilar, Cristiano Cardoso.
A década de sessenta e setenta do século vinte foi fatal para este tipo de património edificado, pois muitos foram aqueles que partiram «para a guerra colonial e outros emigraram, deixando os moinhos ao abandono. Com a industrialização, deixou de ser rentável. Foi o fim de uma estrutura produtiva», afirma Jorge Miranda, da Rede Portuguesa de Moinhos, ao Diário de Notícias de hoje. E o caminho mais correcto é recuperá-los para o turismo rural, fomentando projectos integrados de desenvolvimento entre autarquias e empresas, no sentido da sua salvaguarda, preservação, assim como dinamização cultural e interacção com o meio: as actuais gerações (e as vindouras) devem ter a noção do que é uma unidade moageira – um moinho. Por outro lado é um núcleo ou núcleos museológicos que são criados, emprestando ao concelho ou à região um valor acrescentado.
Lousada encerra inúmeros moinhos a merecer o olhar, a atenção de quem de direito, para que este belo património não desapareça, pelo contrário, renasça. No Vale de Sousa existem múltiplos exemplos deste milenar património a merecer a atenção de autarcas e outros responsáveis.
O património é memória colectiva: memória de todos, memória que urge cuidar e preservar. E os moinhos são património, logo memória, que urge cuidar, que urge preservar.
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Casa |
Proprietário |
Título/Cargo/Profissão |
Ano |
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Outeiro
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José Bernardo de Castro de Meireles65 |
Depositário do Cofre dos Órfãos do Concelho de Unhão. |
1779
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António João de Castro e Araújo66
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Capitão.
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1768
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José Joaquim de Castro Neves67 |
Bacharel. |
1848 |
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Casimiro de Castro Neves68 |
Bacharel e doutor em direito, pela Universidade de Coimbra, onde leccionou a cadeira de Direito Universal. |
1848 – 1849
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Redactor dos jornais: “A Pátria”, “O Portugal” e “A Nação.” |
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Fundador do “Club Portuense. |
1856 |
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Presidente da primeira Assembleia do “Club Portuense.” |
1856 |
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Vereador da Câmara de Lousada.
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1858 |
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Presidente da Câmara Municipal de Lousada. |
1846-1847, 1859-1861 e 1862-1863
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Procurador à Junta Geral do Distrito. |
1865
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Conselheiro Municipal.
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1865 |
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Integrou a “Comissão para secundar a Direcção do Palácio de Cristal na sua Exposição Internacional.”.
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1865
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Presidente do Conselho Fiscal da Companhia de Mineração de Plombífera de Adorigo. |
1867
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Director da primeira Assembleia-Geral da Companhia de Mineração Plomblífera de Adorigo. |
1881
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António de Sousa Castro Neves69
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Vereador da Câmara de Lousada. |
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Frei José de S. Joaquim de Castro Freire Meireles70 |
O último Abade do Mosteiro de Bustelo. |
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Manuel Casimiro Castro de Sousa Guedes71
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Bacharel em direito pela Universidade de Coimbra. Administrador da empresa “Sousa e Guedes & Irmão”. |
1892-1975 |
________________________________
63 - Presidentes da Câmara Municipal de Lousada desde 1838 até 1900…, p. 30. Cf. FREITAS, Eugéneo de Andrea da Cunha e - o. c., p. 254; VIEIRA, José Augusto - o. c., p. 361, A.D.P., Secção Notarial, Po-1, 1ª série, Livro n.º 101, 1801, fl. 87.
64 - Presidentes da Câmara Municipal de Lousada desde 1838 até 1900…, p. 30. Cf. FREITAS, Eugéneo de Andrea da Cunha e - o. c., p. 254; VIEIRA,
65 - A. M. F. ”Livro de registo dos actos da correição da câmara do concelho de Unhão, 1779, fl. 52. Cf. A. D. B. - Registo Geral, Livro n.º 188, 1768, fl. 295.
IN «A Casa Nobre No Concelho de Lousada» - SILVA, José Carlos
Torno – P. Miguel Coelho Peixoto da Costa
Jornal de Lousada, nº 25, p. 2, 26 de janeiro de 1908
Cristelos – P. Joaquim Coelho da Silva
Jornal de Lousada, nº 26, p. 3, 2 de fevereiro de 1908
- Casa da Veiga - Torno - José Sebastião Cardoso de Meneses – ex – deputado às cortes.
Jornal de Lousada, nº 26, p. 3, 23 de fevereiro de 1908
a igreja de são vicente de boim
a paróquia de boim: breve enquadramento
anthero pacheco da silva moreira
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