Arquitectura religiosa, setecentista. Igreja paroquial de planta rectangular composta por nave, capela-mor com sacristia e torre sineira adossados à fachada lateral esquerda, com coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, iluminada uniformemente por janelas rectilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal talvez seiscentista, em empena, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido, reformado no século seguinte, óculo quadrilobado e nicho com a imagem do orago. Fachadas circunscritas com cunhais apilastrados, encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija, a lateral direita rasgada por porta travessa em arco abatido. Interior com coro-alto, com baptistério na base da torre sineira e púlpito setecentista no lado do Evangelho, com escadas no lado direito. Arco triunfal de volta perfeita, ladeado por capelas retabulares dispostos em ângulo, de talha tardo-barroca. Retábulo-mor do mesmo estilo, de planta côncava e três eixos.
Registo visualizado 85 vezes desde 27 Julho de 2011 Share on stumbleuponShare on twitterShare on facebookShare on emailMore Sharing Services0
Registo
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal composta por nave e capela-mor, com sacristia adossada ao lado esquerdo da capela-mor e torre sineira quadrada adossada à fachada principal, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas, em telhados de duas águas na igreja, três na sacristia e de coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija. Fachada principal voltada a SO., rematada em empena, encimada por cruz com pontas trilobadas. É rasgada por portal em arco abatido, rematado por pequeno friso e sobrepujado por óculo quadrilobado, encimado pela data "1790", e por nicho com abóbada de concha, contendo a imagem do Divino Salvador. No lado esquerdo, a torre sineira dividida em três registos separados por frisos, o primeiro com porta de verga recta e moldura recortada, o segundo com relógio e, no superior, ventanas em arco de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Fachada lateral esquerda rasgada por janelas rectilíneas e molduras simples, sendo marcada pelo corpo da sacristia, com porta de verga recta na face NE.. Adossadas à torre sineira, as escadas de acesso à mesma, de dois lanços e com guardas metálicas, pintadas de preto. Fachada lateral direita com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas rectilíneas, todos os vãos com molduras simples, em cantaria. No corpo da capela-mor, porta de verga recta e janela com o mesmo tipo de perfil. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, sustentadas por cornijas pintadas de cinza e a da nave reforçada por tirantes metálicos, e pavimentos em ladrilho cerâmico. Coro-alto em betão assente em quatro mísulas de cantaria, com guarda de madeira torneada e acesso por porta de verga recta no lado do Evangelho, através da torre sineira. Portal protegido por guarda-vento de madeira e vidro, tendo, no lado do Evangelho, pia de água benta concheada. No lado do Evangelho, o baptistério com acesso por arco de volta perfeita, contendo pia baptismal em cantaria, com coluna cilíndrica e taça hemisférica de bordo saliente. Confrontantes, rasgam-se, na nave, quatro confessionários desactivados, com acesso por arco abatido, contendo imaginária. No lado do Evangelho, o púlpito quadrangular com bacia de cantaria, decorada por frisos de óvulos, e possuindo vestígios de policromia, assente em consola, tendo guarda de madeira torneada e escadas no lado direito, com guarda metálica. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas pintadas a grisaille, formando ferronerie, encimado por sanefão de talha pintada de branco, azul e dourado, ladeado por retábulos colaterais dispostos em ângulo, dedicados ao Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Junto ao primeiro, um órgão eléctrico. A capela-mor está elevada por um degrau, surgindo, sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de branco, azul e dourado, de planta convexa e três eixos definidos por quatro colunas com marmoreados fingidos, percorridos por falsa espira fitomórfica, assentes em plintos galbados. Ao centro, nicho de volta perfeita, onde se integra um trono expositivo de cinco degraus. Nos eixos laterais, mísulas com imaginária, enquadrada por apainelados recortados e encimados por elementos concheados. Sob estes, portas de acesso à tribuna. Altar em forma de urna, encimado por sacrário ornado por coração inflamado. Ao centro, mesa de altar de talha dourada e pintada, surgindo, no lado da Epístola, ambão de talha dourada. No lado do Evangelho, porta de acesso à sacristia, com paredes rebocadas e pintadas de branco, com tecto de madeira e pavimento em lajeado.
Acessos
Avenida Padre Francisco Barbosa de Queirós. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,280213; long.: -8,320479
Protecção
Inexistente
Grau
2
Enquadramento
Peri-urbano, isolado, situado nas imediações da auto-estrada de Lousada, rodeado por casas de habitação e terrenos agrícolas. Possui adro elevado, com plataforma artificial, com acesso por escadaria frontal, junto ao qual se situam vários edifícios pertencentes à paróquia.
Descrição Complementar
Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha pintada de branco, azul e dourado, com corpo de planta côncava e um eixo definido por duas colunas de marmoreados fingidos, de fuste liso e terço inferior marcado por anel e elementos fitomórficos, assentes em plintos paralelepipédicos e rematados por fragmentos de friso e cornija, encimados por acantos. Ao centro, nicho de volta perfeita, ladeado por duas mísulas com imaginária, enquadradas por apainelados dourados, rematados por acantos. Remate em frontão semicircular e duplo espaldar recortado, o superior vazado. Altar em forma de urna, encimado por sacrário embutido na estrutura.
Utilização Inicial
Religiosa: igreja paroquial
Utilização Actual
Religiosa: igreja paroquial
Propriedade
Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 18
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1258 - referida nas "Inquirições Gerais" como do padroado de cavaleiros e herdadores; 1758, 15 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Teixeira de Magalhães, é referido que a igreja tem por orago São Salvador, sendo o templo antigo; tem retábulo-mor com tribuna de talha dourada, com sacrário, tendo, no alto da tribuna, a imagem de Cristo Ressuscitado, ladeado por São José e Nossa Senhora da Assunção; a ladear o sacrário, as imagens de São Filipe de Neri e São Caetano; tem dois altares na nave, dedicados às Santas Mães e, no oposto, São Gonçalo e São Sebastião; tem a Confraria do Nome de Deus; a paróquia é abadia, existindo litígio relativo ao padroado entre o balio de Leça e o procurador do bispo; tem de renda 450$000; 1790 - construção da actual igreja.
Características Particulares
Igreja de fundação antiga, com fachada de características seiscentistas, alterada no século seguinte, com abertura de novos vãos. Do inicial, mantém o nicho com a imagem do padroeiro. No interior, distingue-se o púlpito, barroco, com bacia em cantaria lavrada, ornado por frisos de óvulos e com vestígios de policromia, O arco triunfal apresenta pintura neo-maneirista, reproduzindo cartelas e vários tipos de ferronerie. A talha do interior é semelhante, tardo-barroca, polícroma e com colunas de marmoreados fingidos, destacando-se as do retábulo-mor, com falsas espiras fitomórficas.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; modinaturas, cunhais, pináculos, cornijas, mísulas, bacia do púlpito, pia baptismal, pias de água benta, pavimento da sacristia em cantaria de granito; guarda-vento, guardas do coro-alto e do púlpito, retábulos, coberturas de madeira; guardas das escadas metálicas; cobertura exterior em telha.
Bibliografia
LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.
Documentação Gráfica
Documentação Fotográfica
Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia
Documentação Administrativa
DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 15, n.º 72, fl. 457-460)
Intervenção Realizada
Observações
M ESTUDO.
Autor e Data
Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)
Actualização
Situada entre pequenos montes e um ribeiro, Figueiras vê-se quase isolada, avistando pouco mais que a vizinha freguesia de Covas. Este isolamento favoreceu o aparecimento na cultura popular local de várias lendas relativas a penedos e montes.
Um documento do Mosteiro de Vilela, datado de 968, faz referência a um D. Gonçalo que lega a este cenóbio tudo o que possuía em Figueiras.
No que respeita às Inquirições de D. Afonso III, surgem algumas informações dadas pelo pároco, que referem a existência de 25 "casais", em os proprietários eram essencialmente a Ordem do Hospital, o mosteiro de Ferreira e alguns fidalgos.
Em 1758, o pároco refere a existência de 3 casas que pertencem à "Honra de Soverosa", duas no lugar de Figueiras e uma no lugar de Além de Baixo. Nesta altura a paróquia de Figueiras é enquadrada, pelo pároco José Magalhães na província de Entre Douro e Minho, pertencente ao Bispado do Porto, sita no concelho de Aguiar de Sousa. Relativamente ao enquadramento religioso o mesmo pároco refere que "há litígio do Balio de Lessa com o procurador da Ex.ma Mitra".
Igreja: É uma construção simples dos finais do século XVIII que aproveita alguns elementos dum edifício anterior. O nicho e a imagem incluídas na fachada serão do século XVI.
Capelas: Estão perfeitamente documentadas duas capelas muito antigas. A da Senhora da Misericórdia desenvolve-se ao estilo do Barroco final. Uma outra, entretanto desaparecida, era a de Santa Luzia, cuja memória ficou cristalizada nas inscrições do Penedo do Sol.
Outros locais de interesse: O Penedo do Sol é um bloco de pedra propositadamente afeiçoado para receber inscrições em três das suas quatro faces. Essa inscrição documenta a construção da Capela de Santa Luzia por finais da primeira metade do século XVI.
ww.cm-lousada.pt/.../Lousada/.../História+da+Freguesia/
Há muito, muito tempo havia no Alto da Rainha dois territórios: o de S. Bartolomeu e o dos Mouros; neste último morava uma princesa moura chamada Zaira.
Certo dia andava Zaira a passear pelas courelas das redondezas, quando avistou Bartolomeu a beber água na fonte de uma presa. A princesa ficou encantada com o belo cavaleiro, pois ele tinha, a seu lado, um exemplar raro do cavalo Lusitano.
Todos os dias - à mesma hora - Zaira passeava pelos campos à espera de encontrar o seu belo cavaleiro.
Bartolomeu galopava no seu cavalo quando avistou uma bela mulher de tez morena e de olhos castanhos. Ficou encantado com a sua beleza e resolveu ir ter com ela, convidando-a para irem passear no seu cavalo.
A partir desse dia Zaira e Bartolomeu encontravam-se na presa para beber, pois esta era uma das desculpas de Zaira para poder sair dos seus domínios (Penedo da Moura). Houve um dia que Bartolomeu não apareceu à hora combinada e Zaira ficou muito preocupada, mas quando apareceu com uma estátua para lhe oferecer, sossegou. Bartolomeu viu Zaira a chorar e sentiu que estavam muito apaixonados, declarando amor eterno à sua princesa.
A partir desse dia combinaram encontrar-se à noite, para ninguém descobrir o seu amor, pois sabiam que era um romance proibido.
Amor proibido
Certa noite quando Zaira se preparava para ir ter com o seu apaixonado, o seu pai ouviu algo estranho e resolveu segui-la, qual não foi a sua surpresa quando viu que a sua filha se encontrava com um cristão! Ficou muito zangado, agarrou-a e arrastou-a pelos seus longos cabelos pretos. Bartolomeu agarrou na sua espada e decidiu lutar com o pai de Zaira para defender a sua amada, só que não conseguiu, pois, no entretanto, chegaram mais Mouros para defenderem o seu rei.
Perante tal situação Bartolomeu montou no seu cavalo e foi para os seus domínios à procura de ajuda, para poder resgatar a princesa. No dia seguinte os cristãos estavam preparados para enfrentar os Mouros, e assim poderem ajudar o seu fidalgo. Antes de os enfrentar, Bartolomeu tentou entrar nos seus domínios através de um mapa que Zaira lhe tinha facultado anteriormente - para lá se encontrarem clandestinamente -, mas o cavaleiro não conseguiu dar com o quarto da princesa, pois os corredores eram imensos, regressou, pois, para junto dos seus guerreiros e atacaram os Mouros, só que mais uma vez não conseguiu atingir os seus objectivos: os Mouros eram em maior número.
Amor Encantado
Bartolomeu ficou muito triste e refugiou-se num pequeno templo existente na vizinhança dos domínios dos Mouros, enquanto Zaira foi castigada pelo seu pai, ficando vários meses encarcerada. Esta chorava incessantemente pelo seu amor, o que deixava o seu pai muito enfurecido. Este pediu ajuda aos feiticeiros da sua tribo para a tentarem libertar de tal amor proibido, pois Zaira estava prometida em casamento a um príncipe Mouro.
Os feiticeiros reuniram-se para tentarem arranjar uma solução para tão grave problema. Depois de muito pensarem e estudarem a situação da princesa, não conseguiram chegar a nenhuma solução e como tal chamaram o seu rei para lhe comunicarem a situação. O rei, depois de os ouvir, ficou de tal maneira zangado pela desobediência da sua filha, que ele próprio encontrou a solução, Zaira seria transformada em penedo. Penedo esse que ainda hoje é conhecido e visto como Penedo da Moura.
Amor Platónico
Ao saber de tal decisão Bartolomeu sofreu um grande desgosto de amor e foi para o templo, onde esteve vários dias a meditar, alimentando-se somente de pão, sardinhas e água, passando os dias e as noites de olhos fixos no Penedo da Moura a lembrar-se da sua bela Zaira.
Os Mouros apercebendo-se que Bartolomeu estava próximo de Zaira, decidiram invadir o templo. Bartolomeu face a tal situação e não tendo como ripostar só lhe restou montar no seu cavalo e fugir, olhando pela última vez para a sua amada. Mas algo aconteceu, quando os Mouros se aproximaram do templo a terra começou a tremer e uma grande fenda se abriu, engolindo o templo.
No seu lugar ficou um penedo, conhecido como o Penedo Santo.
Amor Fatal
Bartolomeu fugiu por essas terras fora e encontrou um penedo. Nesse dia havia uma grande tempestade, o céu estava cinzento e subitamente um raio de sol iluminou tudo ao seu redor. O cavaleiro viu em tudo isto, um sinal, dando-lhe o nome de Penedo do Sol.
Negros eram os dias para Bartolomeu sabendo que a sua amada estava encantada, daí dedicar-se a esculpir uma mensagem na face das pedras do Penedo do Sol, mensagem que profetizava a libertação da sua amada.
Mas um dia ao pôr-do-sol, Bartolomeu encontrou o pai de Zaira, os dois combateram novamente, mas desta vez num duelo mortal. O Rei Mouro morreu e Bartolomeu ferido mortalmente, montou o seu fiel cavalo e galopou por caminhos e vales. Numa vereda, falho de forças, o cavalo colocou as suas patas dianteiras no muro do Casal de Rio de Moinhos.
Bartolomeu olhou e céu e nesse instante viu Zaira, sua amada, e tombou no chão deixando a marca da sua espada.
«A História Dentro da História» - (Centro Escolar de Figueiras)
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