Domingo, 02.08.15

 

Eu esperava pelo primeiro fim-de-semana de agosto como quem espera por Deus. Eu sabia que nesse sábado e domingo acontecia

Santa Ana.jpg

 

 Eu nasci e vivi em Romariz, um lugar da freguesia de Meinedo, do concelho de Lousada, quase trinta anos. A capela de Sant’ Ana, também conhecida como da Pedra desde o séc. XVIII, dizia-me adeus fixa às suas penedias. Eu gostava de presenciar a colocação das bandeiras: do monte de Santana até à casa da quinta com o mesmo nome. Eu gostava de presenciar a construção do bazar em madeira, onde se acadimavam as prendas que depois iriam ser leiloadas. Eu gostava de presenciar a construção do palco, aonde atuariam o rancho e o conjunto típico. Eu gostava de presenciar a instalação das luzinhas multicores. Era o que mais eu gostava, talvez por serem multicores e me lembrarem o céu.

O mais importante eram os altifalantes. Sem eles não havia festa. Os altifalantes faziam a festa. Difundiam a música e dedicavam discos às pessoas, um facto muito apreciado. E havia os foguetes, sinal de festa e alegria. Sem eles também não havia festa. Por últimos, os tamborileiros, que percorriam a freguesia lembrando a existência da festa.

No sábado lavava-se o rosto ao monte e caminhos de acesso à capela e ornamentava-se tudo com as bandeiras multicolores. Ao fim da tarde começavam a instalar-se as barraquitas de quinquilharia, de comes e bebes e pouco mais.

Adorava ver aquilo tudo.

A noitada era pequenina, simbólica. Um estouro de duas dúzias de foguetes, com lágrimas, à meia-noite e estava tudo acabado. Que lindo! Para mim era tudo um sonho, um mundo encantado!

Contava seis, sete ou oito anos!...

No domingo, de manhã. Era o tempo da missa solene, presidida pelo padre Meireles, que fazia sempre um belo sermão – de fazer chorar a alma mais negra.

Alma lavada, emoções esquecidas, regueifa e uvas compradas, ala que se fazia tarde - o cabrito assado e o arroz no forno estavam à espera. E a meio da tarde, a Procissão Solene. Depois assistia-se ao despique da venda das prendas no bazar. Comprava-se umas cavacas, uns rosquilhos, antes do regresso a casa, mas não se arredava pé dali sem ver o rancho a fechar a festa.

E depois jantava-se sob a frescura da ramada na amenidade das conversas e da algazarra alegre das crianças e tudo se suspendia para olhar o fogo-de-artifício que encerrava as Festas da minha Padroeira, que para mim foram (são) sempre espetaculares e me remetem para um mundo de imensa saudade.

Que tempo tão belo! Que saudade!



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Domingo, 05.08.12

 

 

Arquitectura religiosa, setecentista. Igreja paroquial de planta rectangular composta por nave, capela-mor com sacristia e torre sineira adossados à fachada lateral esquerda, com coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, iluminada uniformemente por janelas rectilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal talvez seiscentista, em empena, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido, reformado no século seguinte, óculo quadrilobado e nicho com a imagem do orago. Fachadas circunscritas com cunhais apilastrados, encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija, a lateral direita rasgada por porta travessa em arco abatido. Interior com coro-alto, com baptistério na base da torre sineira e púlpito setecentista no lado do Evangelho, com escadas no lado direito. Arco triunfal de volta perfeita, ladeado por capelas retabulares dispostos em ângulo, de talha tardo-barroca. Retábulo-mor do mesmo estilo, de planta côncava e três eixos.

 

Registo visualizado 85 vezes desde 27 Julho de 2011 Share on stumbleuponShare on twitterShare on facebookShare on emailMore Sharing Services0

Registo

Categoria

Monumento

Descrição

Planta longitudinal composta por nave e capela-mor, com sacristia adossada ao lado esquerdo da capela-mor e torre sineira quadrada adossada à fachada principal, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas, em telhados de duas águas na igreja, três na sacristia e de coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados encimados por pináculos e rematadas em friso e cornija. Fachada principal voltada a SO., rematada em empena, encimada por cruz com pontas trilobadas. É rasgada por portal em arco abatido, rematado por pequeno friso e sobrepujado por óculo quadrilobado, encimado pela data "1790", e por nicho com abóbada de concha, contendo a imagem do Divino Salvador. No lado esquerdo, a torre sineira dividida em três registos separados por frisos, o primeiro com porta de verga recta e moldura recortada, o segundo com relógio e, no superior, ventanas em arco de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Fachada lateral esquerda rasgada por janelas rectilíneas e molduras simples, sendo marcada pelo corpo da sacristia, com porta de verga recta na face NE.. Adossadas à torre sineira, as escadas de acesso à mesma, de dois lanços e com guardas metálicas, pintadas de preto. Fachada lateral direita com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas rectilíneas, todos os vãos com molduras simples, em cantaria. No corpo da capela-mor, porta de verga recta e janela com o mesmo tipo de perfil. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira, sustentadas por cornijas pintadas de cinza e a da nave reforçada por tirantes metálicos, e pavimentos em ladrilho cerâmico. Coro-alto em betão assente em quatro mísulas de cantaria, com guarda de madeira torneada e acesso por porta de verga recta no lado do Evangelho, através da torre sineira. Portal protegido por guarda-vento de madeira e vidro, tendo, no lado do Evangelho, pia de água benta concheada. No lado do Evangelho, o baptistério com acesso por arco de volta perfeita, contendo pia baptismal em cantaria, com coluna cilíndrica e taça hemisférica de bordo saliente. Confrontantes, rasgam-se, na nave, quatro confessionários desactivados, com acesso por arco abatido, contendo imaginária. No lado do Evangelho, o púlpito quadrangular com bacia de cantaria, decorada por frisos de óvulos, e possuindo vestígios de policromia, assente em consola, tendo guarda de madeira torneada e escadas no lado direito, com guarda metálica. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas pintadas a grisaille, formando ferronerie, encimado por sanefão de talha pintada de branco, azul e dourado, ladeado por retábulos colaterais dispostos em ângulo, dedicados ao Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Junto ao primeiro, um órgão eléctrico. A capela-mor está elevada por um degrau, surgindo, sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de branco, azul e dourado, de planta convexa e três eixos definidos por quatro colunas com marmoreados fingidos, percorridos por falsa espira fitomórfica, assentes em plintos galbados. Ao centro, nicho de volta perfeita, onde se integra um trono expositivo de cinco degraus. Nos eixos laterais, mísulas com imaginária, enquadrada por apainelados recortados e encimados por elementos concheados. Sob estes, portas de acesso à tribuna. Altar em forma de urna, encimado por sacrário ornado por coração inflamado. Ao centro, mesa de altar de talha dourada e pintada, surgindo, no lado da Epístola, ambão de talha dourada. No lado do Evangelho, porta de acesso à sacristia, com paredes rebocadas e pintadas de branco, com tecto de madeira e pavimento em lajeado.

Acessos

Avenida Padre Francisco Barbosa de Queirós. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,280213; long.: -8,320479

Protecção

Inexistente

Grau

2

Enquadramento

Peri-urbano, isolado, situado nas imediações da auto-estrada de Lousada, rodeado por casas de habitação e terrenos agrícolas. Possui adro elevado, com plataforma artificial, com acesso por escadaria frontal, junto ao qual se situam vários edifícios pertencentes à paróquia.

Descrição Complementar

Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha pintada de branco, azul e dourado, com corpo de planta côncava e um eixo definido por duas colunas de marmoreados fingidos, de fuste liso e terço inferior marcado por anel e elementos fitomórficos, assentes em plintos paralelepipédicos e rematados por fragmentos de friso e cornija, encimados por acantos. Ao centro, nicho de volta perfeita, ladeado por duas mísulas com imaginária, enquadradas por apainelados dourados, rematados por acantos. Remate em frontão semicircular e duplo espaldar recortado, o superior vazado. Altar em forma de urna, encimado por sacrário embutido na estrutura.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

 

 

1258 - referida nas "Inquirições Gerais" como do padroado de cavaleiros e herdadores; 1758, 15 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Teixeira de Magalhães, é referido que a igreja tem por orago São Salvador, sendo o templo antigo; tem retábulo-mor com tribuna de talha dourada, com sacrário, tendo, no alto da tribuna, a imagem de Cristo Ressuscitado, ladeado por São José e Nossa Senhora da Assunção; a ladear o sacrário, as imagens de São Filipe de Neri e São Caetano; tem dois altares na nave, dedicados às Santas Mães e, no oposto, São Gonçalo e São Sebastião; tem a Confraria do Nome de Deus; a paróquia é abadia, existindo litígio relativo ao padroado entre o balio de Leça e o procurador do bispo; tem de renda 450$000; 1790 - construção da actual igreja.

Características Particulares

Igreja de fundação antiga, com fachada de características seiscentistas, alterada no século seguinte, com abertura de novos vãos. Do inicial, mantém o nicho com a imagem do padroeiro. No interior, distingue-se o púlpito, barroco, com bacia em cantaria lavrada, ornado por frisos de óvulos e com vestígios de policromia, O arco triunfal apresenta pintura neo-maneirista, reproduzindo cartelas e vários tipos de ferronerie. A talha do interior é semelhante, tardo-barroca, polícroma e com colunas de marmoreados fingidos, destacando-se as do retábulo-mor, com falsas espiras fitomórficas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; modinaturas, cunhais, pináculos, cornijas, mísulas, bacia do púlpito, pia baptismal, pias de água benta, pavimento da sacristia em cantaria de granito; guarda-vento, guardas do coro-alto e do púlpito, retábulos, coberturas de madeira; guardas das escadas metálicas; cobertura exterior em telha.

Bibliografia

LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.

Documentação Gráfica

 

Documentação Fotográfica

Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 15, n.º 72, fl. 457-460)

Intervenção Realizada

 

Observações

M ESTUDO.

Autor e Data

Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)

Actualização

 



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Arquitetura religiosa, tardo-barroca. Igreja paroquial de planta retangular composta por nave, capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, tendo coberturas interiores diferenciadas, em falsas abóbadas de berço, a da capela-mor com caixotões pintados, ambas de feitura recente, sendo iluminada uniformemente, por janelas retilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal em empena recortada, de perfil borromínico, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido e óculo ovalado, unidos pela mesma moldura. Torre sineira de construção seiscentista, com cobertura em coruchéu bolboso. Fachadas laterais com portas travessas, uma delas de feitura mais recente. Interior com coro-alto, batistério na base da torre sineira, no lado do Evangelho, possuindo retábulos laterais de talha policroma, rococós. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas e capela-mor com retábulo de talha dourada, com estrutura maneirista, de planta reta, dois andares e três eixos, com estrutura semelhante à da Igreja Paroquial de Meinedo.

Registo

Categoria

Monumento

Descrição

Planta retangular composta por nave e capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma (sacristia) e duas águas (templo), sendo em coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos ligeiramente bolbosos, e rematadas em friso e cornija. Fachada principal virada a O., rematada por friso e empena recortada e contracurva, de perfil borromínico, com cruz latina de hastes lobuladas no vértice. É rasgada por portal em arco abatido e moldura saliente, envolvido por uma segunda, recortada e volutada, que se prolonga superiormente, ligando-se ao janelão ovalado. No lado esquerdo, a torre sineira, de três registos definidos por frisos, os inferiores cegos, tendo relógio circular no intermédio e sendo o superior rasgado por quatro ventanas de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Numa delas, um sino de bronze, dedicado a Nossa Senhora de Fátima e com a data de "1954". As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas por vãos com molduras salientes em cantaria de granito, no corpo da nave com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas retilíneas em capialço, surgindo outras duas na capela-mor. Na fachada lateral esquerda, surgem as escadas de cantaria de acesso à torre sineira, com porta de verga reta ainda no primeiro registo. Adossado, o corpo da sacristia. Fachada posterior em empena cega, com cruz latina no vértice, sendo visível, sobre esta, a empena do arco triunfal, também ela com cruz latina. No lado direito, o corpo da sacristia, rasgado por janela jacente. INTERIOR da nave rebocado e pintado de branco, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, assente em cornija do mesmo material e reforçado por tirantes metálicas, e pavimento em soalho. As portas são ladeadas por pias de água-benta em cantaria de granito e as janelas encimadas por sanefas de talha pintada. Coro-alto de madeira, assente em arco abatido e mísulas, com guarda torneada, do mesmo material, com pavimento em soalho e acesso por porta de verga reta no lado do Evangelho. Portal axial protegido por guarda-vento de madeira e vidro. No lado do Evangelho, no subcoro, o batistério em forma de nicho de volta perfeita com cobertura do mesmo material, tendo pia batismal de granito, hemisférica e ornado por friso simples, assente em pequena coluna. O fundo está revestido por painel de azulejo bícromo, azul e branco, representando o "Batismo de Cristo" e assinado. No lado do Evangelho, púlpito quadrangular assente em bacia de granito e mísula decorada por losangos, com guarda plena de madeira pintada e acesso por escadas de cantaria e guarda de madeira no lado direito. O espaço da nave encontra-se seccionado por presbitério elevado por um degrau, com pavimento em lajeado e marcado por sepulturas, Neste surgem, confrontantes, as capelas retabulares, a do Evangelho dedicada ao Crucificado. Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras toscanas, ladeado por pequenos nichos de talha dourada, com o Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Um degrau acede à capela-mor com as paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por azulejo de padrão bícromo, azul e branco, formando silhar, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, dividida em caixotões pintados, estruturados por menores de menores dimensões que formam cruz grega, e assente em cornija, tendo o pavimento forrado a alcatifa. Sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de dourado, de planta reta e três eixos, os exteriores de dois registos, sendo os eixos definidos por duas ordens de seis colunas torsas, decoradas com pâmpanos e pequenos anjos encarnados. Ao centro, ampla tribuna com o interior revestido a caixotões de talha, flanqueada por duas ordens de colunas semelhantes às anteriores e possuindo sacrário em forma de templete trapezoidal, com as faces divididas por colunas torsas, as laterais ligeiramente convexas e pintadas com as figuras de José de Arimateia e Nicodemus. Ao centro, o sacrário com a porta decorada por cruz da vida, encimado por nicho dourado com o Crucificado, ambos flanqueados por quarteirões. Servindo de remate, um trono expositivo de cinco degraus, tendo como fundo um resplendor de talha, ladeado por painéis pintados com anjos sustentando turíbulos. A estrutura é ladeada por anjos de vulto. Os eixos laterais têm dois registos rematados por frisos e cornijas, os inferiores com nichos de volta perfeita e os superiores com painéis pintados, a representar São Pedro (Evangelho) e São Paulo (Epístola). A estrutura remata em pequeno frontão truncado, ladeado por aletas em forma de cartelas, ladeadas por aves. Banco decorado em apainelados, que centram altar paralelepipédico com frontal pintado, representando elementos fitomórficos, com sanefa e sebastos marcados. Ao centro, a mesa de altar, retangular, sustentada por colunas torsas.

Enquadramento

Periurbano, isolado, implantado em terreno plano, mas junto ao início de uma pequena elevação, confinando com a via pública, alcatroada, cujo prolongamento forma um adro fechado por portão no lado E. e acesso frontal definido por um pequeno murete em alvenaria de granito, com as juntas preenchidas a cimento, junto ao qual se ergue um Cruzeiro em cantaria de granito, sobre plataforma quadrangular de três degraus, o inferior parcialmente embutido no terreno, onde assenta plinto paralelepipédico e a base da coluna, do tipo toscano. Sobre o capitel, surge um tabuleiro que sustenta uma cruz latina simples. No lado S., o Cemitério de Cristelos. Encontra-se rodeado por campos de cultivo, o antigo passal, e algumas habitações.

Descrição Complementar

As capelas laterais possuem estruturas retabulares idênticas, de talha pintada de bege e dourado, de planta reta e um eixo definido por duas pilastras assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos. Ao centro, nicho de perfil contracurvo e com a moldura decorada por acantos, contendo pequena peanha para imaginária, estando ladeado por mísulas. Remata em frontão interrompido por espaldar recortado, ornado por acantos e sobrepujado por cornija interrompida. Na base do retábulo do Evangelho, sacrário com a porta decorada por coração inflamado. Ambos possuem altares paralelepipédicos com o frontal decorado por cartelas e concheados. Na capela-mor, os caixotões, de pintura recente, com símbolos eucarísticos e cristológicos.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Atual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)

Época Construção

Séc. 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR DE AZULEJO: Fábrica Aleluia (séc. 20); P. Fernandes (séc. 20).

Cronologia

980 - Doação de D. Vivili e seu marido Fromarigo Espassandes desta paróquia ao Mosteiro de Vilela; 1258 - Nas "Inquirições" é referida como do padroado de herdadores e do mosteiro de Vilela, e da apresentação da mitra do Porto; 1398, 30 Março - integrada no arcediagado de Meinedo; 1705 - curato anexo à Igreja Paroquial de Vandoma, pertencente ao padroado da Companhia de Jesus, do Colégio de São Lourenço do Porto, com 50$000; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa é uma abadia anexa ao Mosteiro de Vilela, com a reserva de dar anualmente um jantar e ceia ao prior do Mosteiro e a quem o acompanhe a pé e a cavalo; rende 220$000; a povoação tem 46 vizinhos; 1758, 14 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Manuel Nunes Neto, é referido que a igreja, residência paroquial e passal se encontram a N. da freguesia, tendo a igreja Santo André por orago. Na capela-mor a imagem do santo padroeiro, ladeado pelas de Santo Cristo, Ecce Homo, Santo Cristo preso à coluna, Senhor Ressuscitado e Senhor dos Passos, com Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Lapa e as Santas Mães; o retábulo-mor possui sacrário; no retábulo colateral direito, as imagens de Santo António, São Sebastião e São Roque, sendo o oposto dedicado ao Menino Jesus; existe, ainda, uma capela lateral, junto à porta travessa, dedicada ao Senhor Crucificado e, no lado oposto, a Irmandade das Almas com o Senhor Crucificado, tendo um painel com as Almas pintadas; o pároco é abade apresentado alternadamente pelo Papa, pelo bispo e pelos religiosos de Santo Agostinho do Pilar; a paróquia rende anualmente 450$000; 1954 - feitura do sino dedicado a Nossa Senhora de Fátima, conforme data inscrita no mesmo; séc. 20, 2.ª metade - pintura do painel de azulejos do batistério, por P. Fernandes, da Fábrica Aleluia, em Aveiro.

Características Particulares

 

Igreja de construção tardia, com a fachada principal bastante elaborada, com remate em empena recortada e contracurva, de inspiração borromínica e possuindo o portal ornado por ampla moldura recortada e volutada. A torre apresenta um coruchéu bolboso pouco pronunciado. No interior, destacam-se os retábulos laterais, de feitura rococó, mas profundamente alterados no séc. 20, para adaptação a um novo espaço e os caixotões da capela-mor com uma gramática decorativa novecentista, optando por simples que enaltecem o sacrifício e amor de Cristo. O elemento mais interessante é o retábulo-mor, de talha dourada, com uma estrutura maneirista por andares, mas possuindo os eixos definidos por colunas torsas e ornadas por pâmpanos, prenunciadoras da linguagem do barroco nacional. Possui um interessante sacrário em forma de templete de grandes dimensões, com vários nichos e servindo de base ao trono expositivo que evolui na tribuna. Possui vários painéis pintados.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cunhais, pináculos, modinaturas, coberturas, cornijas, pia batismal e pias de água benta em cantaria de granito; coberturas, coro-alto, púlpito e retábulos de madeira; cobertura exterior em telha; sino em bronze.

Bibliografia

COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 11, n.º 314, fl. 2169-2172)

Intervenção Realizada

Séc. 20 - reforma das coberturas interiores; reforma das estruturas retabulares; tratamento de rebocos e pinturas.

Observações

M ESTUDO.

Autor e Data

Patrícia Costa 2002 / Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)

 

 



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Sábado, 14.07.12

 

Igreja Paroquial de Cristelos / Igreja de Santo André

 

Arquitetura religiosa, tardo-barroca. Igreja paroquial de planta retangular composta por nave, capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, tendo coberturas interiores diferenciadas, em falsas abóbadas de berço, a da capela-mor com caixotões pintados, ambas de feitura recente, sendo iluminada uniformemente, por janelas retilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal em empena recortada, de perfil borromínico, com os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido e óculo ovalado, unidos pela mesma moldura. Torre sineira de construção seiscentista, com cobertura em coruchéu bolboso. Fachadas laterais com portas travessas, uma delas de feitura mais recente. Interior com coro-alto, batistério na base da torre sineira, no lado do Evangelho, possuindo retábulos laterais de talha policroma, rococós. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas e capela-mor com retábulo de talha dourada, com estrutura maneirista, de planta reta, dois andares e três eixos, com estrutura semelhante à da Igreja Paroquial de Meinedo.

Registo

Categoria

Monumento

Descrição

Planta retangular composta por nave e capela-mor, com sacristia e torre sineira adossadas à fachada lateral esquerda, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma (sacristia) e duas águas (templo), sendo em coruchéu bolboso na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por soco em cantaria de granito, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos ligeiramente bolbosos, e rematadas em friso e cornija. Fachada principal virada a O., rematada por friso e empena recortada e contracurva, de perfil borromínico, com cruz latina de hastes lobuladas no vértice. É rasgada por portal em arco abatido e moldura saliente, envolvido por uma segunda, recortada e volutada, que se prolonga superiormente, ligando-se ao janelão ovalado. No lado esquerdo, a torre sineira, de três registos definidos por frisos, os inferiores cegos, tendo relógio circular no intermédio e sendo o superior rasgado por quatro ventanas de volta perfeita, assentes em impostas salientes. Numa delas, um sino de bronze, dedicado a Nossa Senhora de Fátima e com a data de "1954". As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas por vãos com molduras salientes em cantaria de granito, no corpo da nave com porta travessa em arco abatido, ladeado por duas janelas retilíneas em capialço, surgindo outras duas na capela-mor. Na fachada lateral esquerda, surgem as escadas de cantaria de acesso à torre sineira, com porta de verga reta ainda no primeiro registo. Adossado, o corpo da sacristia. Fachada posterior em empena cega, com cruz latina no vértice, sendo visível, sobre esta, a empena do arco triunfal, também ela com cruz latina. No lado direito, o corpo da sacristia, rasgado por janela jacente. INTERIOR da nave rebocado e pintado de branco, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, assente em cornija do mesmo material e reforçado por tirantes metálicas, e pavimento em soalho. As portas são ladeadas por pias de água-benta em cantaria de granito e as janelas encimadas por sanefas de talha pintada. Coro-alto de madeira, assente em arco abatido e mísulas, com guarda torneada, do mesmo material, com pavimento em soalho e acesso por porta de verga reta no lado do Evangelho. Portal axial protegido por guarda-vento de madeira e vidro. No lado do Evangelho, no subcoro, o batistério em forma de nicho de volta perfeita com cobertura do mesmo material, tendo pia batismal de granito, hemisférica e ornado por friso simples, assente em pequena coluna. O fundo está revestido por painel de azulejo bícromo, azul e branco, representando o "Batismo de Cristo" e assinado. No lado do Evangelho, púlpito quadrangular assente em bacia de granito e mísula decorada por losangos, com guarda plena de madeira pintada e acesso por escadas de cantaria e guarda de madeira no lado direito. O espaço da nave encontra-se seccionado por presbitério elevado por um degrau, com pavimento em lajeado e marcado por sepulturas, Neste surgem, confrontantes, as capelas retabulares, a do Evangelho dedicada ao Crucificado. Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras toscanas, ladeado por pequenos nichos de talha dourada, com o Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e Nossa Senhora de Fátima (Epístola). Um degrau acede à capela-mor com as paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por azulejo de padrão bícromo, azul e branco, formando silhar, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, dividida em caixotões pintados, estruturados por menores de menores dimensões que formam cruz grega, e assente em cornija, tendo o pavimento forrado a alcatifa. Sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor de talha pintada de dourado, de planta reta e três eixos, os exteriores de dois registos, sendo os eixos definidos por duas ordens de seis colunas torsas, decoradas com pâmpanos e pequenos anjos encarnados. Ao centro, ampla tribuna com o interior revestido a caixotões de talha, flanqueada por duas ordens de colunas semelhantes às anteriores e possuindo sacrário em forma de templete trapezoidal, com as faces divididas por colunas torsas, as laterais ligeiramente convexas e pintadas com as figuras de José de Arimateia e Nicodemus. Ao centro, o sacrário com a porta decorada por cruz da vida, encimado por nicho dourado com o Crucificado, ambos flanqueados por quarteirões. Servindo de remate, um trono expositivo de cinco degraus, tendo como fundo um resplendor de talha, ladeado por painéis pintados com anjos sustentando turíbulos. A estrutura é ladeada por anjos de vulto. Os eixos laterais têm dois registos rematados por frisos e cornijas, os inferiores com nichos de volta perfeita e os superiores com painéis pintados, a representar São Pedro (Evangelho) e São Paulo (Epístola). A estrutura remata em pequeno frontão truncado, ladeado por aletas em forma de cartelas, ladeadas por aves. Banco decorado em apainelados, que centram altar paralelepipédico com frontal pintado, representando elementos fitomórficos, com sanefa e sebastos marcados. Ao centro, a mesa de altar, retangular, sustentada por colunas torsas.

Enquadramento

Periurbano, isolado, implantado em terreno plano, mas junto ao início de uma pequena elevação, confinando com a via pública, alcatroada, cujo prolongamento forma um adro fechado por portão no lado E. e acesso frontal definido por um pequeno murete em alvenaria de granito, com as juntas preenchidas a cimento, junto ao qual se ergue um Cruzeiro em cantaria de granito, sobre plataforma quadrangular de três degraus, o inferior parcialmente embutido no terreno, onde assenta plinto paralelepipédico e a base da coluna, do tipo toscano. Sobre o capitel, surge um tabuleiro que sustenta uma cruz latina simples. No lado S., o Cemitério de Cristelos. Encontra-se rodeado por campos de cultivo, o antigo passal, e algumas habitações.

Descrição Complementar

As capelas laterais possuem estruturas retabulares idênticas, de talha pintada de bege e dourado, de planta reta e um eixo definido por duas pilastras assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos. Ao centro, nicho de perfil contracurvo e com a moldura decorada por acantos, contendo pequena peanha para imaginária, estando ladeado por mísulas. Remata em frontão interrompido por espaldar recortado, ornado por acantos e sobrepujado por cornija interrompida. Na base do retábulo do Evangelho, sacrário com a porta decorada por coração inflamado. Ambos possuem altares paralelepipédicos com o frontal decorado por cartelas e concheados. Na capela-mor, os caixotões, de pintura recente, com símbolos eucarísticos e cristológicos.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Atual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)

Época Construção

Séc. 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR DE AZULEJO: Fábrica Aleluia (séc. 20); P. Fernandes (séc. 20).

Cronologia

980 - Doação de D. Vivili e seu marido Fromarigo Espassandes desta paróquia ao Mosteiro de Vilela; 1258 - Nas "Inquirições" é referida como do padroado de herdadores e do mosteiro de Vilela, e da apresentação da mitra do Porto; 1398, 30 Março - integrada no arcediagado de Meinedo; 1705 - curato anexo à Igreja Paroquial de Vandoma, pertencente ao padroado da Companhia de Jesus, do Colégio de São Lourenço do Porto, com 50$000; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa é uma abadia anexa ao Mosteiro de Vilela, com a reserva de dar anualmente um jantar e ceia ao prior do Mosteiro e a quem o acompanhe a pé e a cavalo; rende 220$000; a povoação tem 46 vizinhos; 1758, 14 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Manuel Nunes Neto, é referido que a igreja, residência paroquial e passal se encontram a N. da freguesia, tendo a igreja Santo André por orago. Na capela-mor a imagem do santo padroeiro, ladeado pelas de Santo Cristo, Ecce Homo, Santo Cristo preso à coluna, Senhor Ressuscitado e Senhor dos Passos, com Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Lapa e as Santas Mães; o retábulo-mor possui sacrário; no retábulo colateral direito, as imagens de Santo António, São Sebastião e São Roque, sendo o oposto dedicado ao Menino Jesus; existe, ainda, uma capela lateral, junto à porta travessa, dedicada ao Senhor Crucificado e, no lado oposto, a Irmandade das Almas com o Senhor Crucificado, tendo um painel com as Almas pintadas; o pároco é abade apresentado alternadamente pelo Papa, pelo bispo e pelos religiosos de Santo Agostinho do Pilar; a paróquia rende anualmente 450$000; 1954 - feitura do sino dedicado a Nossa Senhora de Fátima, conforme data inscrita no mesmo; séc. 20, 2.ª metade - pintura do painel de azulejos do batistério, por P. Fernandes, da Fábrica Aleluia, em Aveiro.

Características Particulares

Igreja de construção tardia, com a fachada principal bastante elaborada, com remate em empena recortada e contracurva, de inspiração borromínica e possuindo o portal ornado por ampla moldura recortada e volutada. A torre apresenta um coruchéu bolboso pouco pronunciado. No interior, destacam-se os retábulos laterais, de feitura rococó, mas profundamente alterados no séc. 20, para adaptação a um novo espaço e os caixotões da capela-mor com uma gramática decorativa novecentista, optando por simples que enaltecem o sacrifício e amor de Cristo. O elemento mais interessante é o retábulo-mor, de talha dourada, com uma estrutura maneirista por andares, mas possuindo os eixos definidos por colunas torsas e ornadas por pâmpanos, prenunciadoras da linguagem do barroco nacional. Possui um interessante sacrário em forma de templete de grandes dimensões, com vários nichos e servindo de base ao trono expositivo que evolui na tribuna. Possui vários painéis pintados.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cunhais, pináculos, modinaturas, coberturas, cornijas, pia batismal e pias de água benta em cantaria de granito; coberturas, coro-alto, púlpito e retábulos de madeira; cobertura exterior em telha; sino em bronze.

Bibliografia

COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; LEAL, Augusto Pinho, Portugal antigo e moderno: Diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia; 1873-1890, 12 volumes; LOPES, Eduardo Teixeira, Lousada e as suas freguesias na Idade Média, Lousada, Câmara Municipal de Lousada, 2004.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 11, n.º 314, fl. 2169-2172)

Intervenção Realizada

Séc. 20 - reforma das coberturas interiores; reforma das estruturas retabulares; tratamento de rebocos e pinturas.

Observações

M ESTUDO.

Autor e Data

Patrícia Costa 2002 / Diocese do Porto e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)



publicado por José Carlos Silva às 21:44 | link do post | comentar

Quinta-feira, 24.11.11

 

Lousada é uma vila portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega.

É sede de um pequeno município com 94,89 km² de área e subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vizela, a nordeste por Felgueiras, a leste por Amarante, a sul por Penafiel, a sudoeste por Paredes e a oeste por Paços de Ferreira e Santo Tirso. As freguesias sede do concelho são Silvares e Cristelos.

O concelho de Lousada é um município fortemente industrializado, de modo particular na indústria têxtil. No entanto, tal facto não impede de possuir ainda um cariz profundamente agrícola, sobretudo no domínio dos vinhos verdes e lacticínios, com a existência de várias empresas agro-industriais bastante desenvolvidas tecnologicamente.

Apesar da pequena dimensão, Lousada caracteriza-se pela forte aposta em modalidades com pouco relevo no panorama nacional, como o automobilismo ou o hóquei em campo, indo assim além do “tradicional” futebol.

Para conhecer um pouco mais sobre esta cidade, consulte a sua História, saiba mais sobre os seus monumentos e Património, conheça a sua Gastronomia e pratos típicos e descubra quais as Festas Populares da cidade.

Pode também consultar locais Onde Comer e Onde Dormir, para que possa comodamente marcar e preparar a sua visita a esta bela cidade portuguesa.

Para conhecer um pouco mais sobre Lousada, consulte o site www.lousada-digital.com e saiba mais sobre a sua História, os seus monumentos e Património, conheça a sua Gastronomia e pratos típicos e descubra quais as Festas Populares da cidade.

 


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publicado por José Carlos Silva às 17:49 | link do post | comentar

Terça-feira, 09.08.11

A 5 de Abril de 1742 D. Francisca Lopes da Silva e o Capitão Mateus Mendes eram senhores da Casa do Campo -Santa Cristina de Nogueira, (actual concelho de Lousada).

ADP - Po2, 1ª Série, Livro nº 16, fl. 4



publicado por José Carlos Silva às 18:38 | link do post | comentar

Segunda-feira, 08.08.11

João da Cruz de Sousa. Natural do lugar de Sousa – Silvares. Em 1739 era o Juiz ordinário do crime, do cível, dos órfãos, das sisas e dos foros do concelho de Lousada.

Arquivo Distrital do Porto Po2, 1739, 1ª série, Livro nº 12, fl. 21

 



publicado por José Carlos Silva às 21:43 | link do post | comentar

Segunda-feira, 01.08.11



publicado por José Carlos Silva às 16:34 | link do post | comentar

Várias 007.jpg

FOTO de Albano Nascimento

                                           Lousada foi elevada a vila e sede de concelho por D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto em 1836, mas apenas durante dois anos, após o que viu restaurada a sua autonomia. Tem pelourinho, geralmente considerado de construção quinhentista, ainda do período manuelino. Esteve implantado em local distinto, tendo sido deslocado para a sua posição actual, nas traseiras da Câmara Municipal, em data incerta do século XX.
O soco no qual se levanta o pelourinho, composto por três degraus quadrangulares de parapeito boleado, é datado da sua reconstrução moderna. Nele assenta a coluna, sobre uma pequena base quadrada, quase totalmente integrada no degrau superior. A coluna é pseudosalomónica, ou seja, tem fuste integralmente espiralado (à direita). Na verdade, o fuste parece ser constituído por um colunelo central, de secção ligeiramente decrescente em direcção ao topo, em torno do qual se enrola uma grossa espiral, cujas espiras são também progressivamente menores. A coluna é rematada em capital circular formado por largo astrágalo, gola lisa, e ábaco em moldura rebordante. O remate é composto por um tabuleiro de secção quadrangular, em três grossas molduras crescentes, sendo a medial trabalhada com motivos geométricos arcaizantes (em pequenos losangos salientes). Ainda existem, nos ângulos da face superior do remate, vestígios dos ferros de sujeição.
O monumento tem uma tipologia pouco comum, não sendo na verdade possível garantir a sua datação. Entre as gentes locais, há quem afirme tratar-se de uma réplica, e não do pelourinho original. A coluna poderia ser muito tardia, correspondendo a modelos utilizados no período barroco, apesar da sua factura tosca. Não é, no entanto, inverosímil que se trate de uma construção manuelina, sabendo-se que neste estilo se recorreu frequentemente a citações antiquizantes, onde tanto caberia a referência salomónica como a decoração geométrica, de sabor românico, do tabuleiro. Ainda acresce o facto de existirem marcas de ferragens no topo do monumento, o que parece contribuir para a sua antiguidade.
Sílvia Leite (PPAR).

pelourinhos.blogs.sapo.pt/

 

 



publicado por José Carlos Silva às 15:23 | link do post | comentar

Domingo, 24.07.11

Portões e Fontes do Concelho de Lousada

Autor: Rosa Maria Oliveira
Edição: Câmara Municipal de Lousada

O inventário Portões , Fontanários e Chafarizes do Concelho de Lousada, tem duas virtudes essenciais. Em primeiro lugar, a classificação de um tipo específico de património local que, por vezes, passa ao lado ou escapa dos inventários regionais ou nacionais mais por razões estético-artísticas do que por razões históricas e que tem o seu maio relevo e utilidade cultural na zona onde se encontra integrado geograficamente. em segundo lugar, o enriquecimento do mapa turístico e cultural regional.

 

in, "Portões e Fontes do Concelho de Lousada"

www.cm-lousada.pt/.../Lousada/.../Portões+e+Fontes+de+L...



publicado por José Carlos Silva às 15:38 | link do post | comentar

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